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Variedades • 15:24h • 21 de junho de 2025

Navios-museu da Marinha preservam a história naval brasileira

Embarcações históricas integram acervo da Força e reforçam a valorização da tradição marítima nacional

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Marinha do Brasil

As visitações ao Espaço Cultural da Marinha são abertas ao público
As visitações ao Espaço Cultural da Marinha são abertas ao público

Adentrar o Navio Contratorpedeiro de Escolta (CTE) “Bauru”, atracado no Espaço Cultural da Marinha (ECM), no centro do Rio de Janeiro (RJ), é realizar uma imersão na história da Marinha do Brasil (MB). Responsáveis por preservar a memória de conflitos históricos, os navios-museu da Marinha representam a trajetória da Força Naval e homenageiam os que contribuíram para a defesa da soberania nacional. O espaço também reúne outros meios históricos, como submarino, helicóptero e carro de combate, que reforçam o legado da Marinha e sua contribuição para o País.

Adquirido pelo Brasil junto aos Estados Unidos em 1944, o CTE “Bauru” atuou na Segunda Guerra Mundial. Entre suas missões estavam a caça a submarinos, escolta de comboios e apoio a serviços aéreos de evacuação de tropas aliadas da Europa. Atualmente, o navio preserva a memória desses episódios históricos e ocupa o posto de primeiro navio-museu da MB.

Para o Primeiro-Sargento Robert Wagner Porto da Silva Castro, doutor em história, a preservação e a reconstrução de uma memória que valorize a importância do mar e da defesa dos interesses do Brasil por meio dele para o desenvolvimento nacional são fundamentais. Segundo ele, esse processo contribui para a ampliação e a consolidação de uma consciência marítima junto à sociedade brasileira.

A mentalidade marítima, conforme destaca o historiador, expressa a convicção de que o mar é essencial para a sobrevivência e o desenvolvimento do Brasil. Essa percepção estimula o uso consciente e sustentável dos recursos marinhos. Em um cenário em que cerca de 95% das exportações brasileiras ocorrem por via marítima, a preservação dos navios-museu contribui para fortalecer, junto à sociedade, a importância da Amazônia Azul e da Economia do Mar.


Foi em razão da extensão do litoral brasileiro que a Marinha se inseriu no contexto da Segunda Guerra Mundial. Com o Oceano Atlântico como um dos principais teatros de operações do conflito, a Força escoltou 3.164 navios, organizados em 575 comboios, percorrendo aproximadamente 600 mil milhas náuticas, distância equivalente a cerca de 30 voltas ao redor do planeta.

O encerramento do conflito resultou na modernização da Esquadra brasileira, por meio da aquisição de navios norte-americanos. Inserido nesse contexto, o atual navio-museu “Bauru” passou a integrar a Força Naval brasileira, realizando escoltas de comboios no Atlântico Sul e Central, com o objetivo de impor presença dissuasória que facilitasse a passagem de suprimentos e tropas. Durante anos, os contratorpedeiros norte-americanos adquiridos no período de guerra constituíram a espinha dorsal da MB.

Ao longo de 37 anos e meio de atividade na Marinha, o CTE “Bauru” percorreu 295.428,9 milhas náuticas, totalizando 1.423 dias de mar. Após passar por reforma para resgatar seu aspecto original da Segunda Guerra Mundial, foi transformado em navio-museu e inaugurado em 21 de julho de 1982, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Em 1996, passou a integrar o recém-criado Espaço Cultural da Marinha, onde permanece até hoje, somando-se a outros meios empregados na preservação da história naval.

Assim como o “Bauru”, a Corveta “Solimões”, em Belém (PA), também cumpre a missão de preservar a história naval. Atualmente atracada na Base Naval de Val de Cães, a embarcação passa por processo de restauração e deverá ser reaberta à visitação ainda este ano, quando retornará ao píer da Casa das Onze Janelas, nas proximidades da Estação das Docas, na região central da cidade.

Em atividade como navio-museu há mais de duas décadas, o “Solimões” assumiu essa função após a formalização de convênio entre a MB e a Secretaria Executiva de Cultura do Pará. A adaptação da Corveta para fins museológicos teve como propósito preservar suas características originais e viabilizar o circuito expositivo. Antes de sua transformação, a embarcação, primeiro navio-museu da Região Norte, atuou em missões de varredura, minagem, patrulha costeira e operações de socorro marítimo.

O pesquisador Robert Porto, que atua na Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), destaca a importância dos navios-museu: “eles são fator material fundamental no processo de preservação da memória de nossa sociedade sobre a participação da MB em diferentes momentos históricos, uma vez que têm a capacidade de materializar e presentificar esses passados”, completou o historiador.

Além dos navios-museu, a DPHDM mantém, no Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro, outros meios navais e militares que contribuem para a preservação da história nacional. Embora não sejam oficialmente classificados como museus, esses meios retratam episódios significativos da trajetória da Marinha e de sua atuação em defesa da soberania.


Com mais de cem anos de história, o Rebocador “Laurindo Pitta” é uma das atrações mais procuradas do Espaço Cultural da Marinha. Diferentemente dos demais meios, a embarcação continua em operação, realizando passeios turísticos pela Baía de Guanabara. A bordo, o visitante vivencia uma imersão na história naval brasileira. A antiga tripulação, composta por 34 homens, participou ativamente da Primeira Guerra Mundial, operando com as divisões aliadas na costa ocidental da África.

Além dos navios, o Espaço Cultural da Marinha conta com um submarino, helicóptero, avião de interceptação e ataque (caça) e carro de combate, compondo um museu a céu aberto que preserva narrativas de diversos momentos históricos. O local também abriga uma réplica da “Nau do Descobrimento”, construída para as comemorações dos 500 anos da chegada da expedição de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.


O CTE “Bauru” está localizado no Espaço Cultural da Marinha, na Orla Conde (Boulevard Olímpico), no centro do Rio de Janeiro. Além do navio, o visitante encontra um centro cultural que preserva a história naval brasileira. Instalado nas antigas docas da Alfândega, o ECM oferece uma imersão na tradição marítima e naval. Entre as atrações estão os navios-museu, o Submarino “Riachuelo” e a Nau dos Descobrimentos, além de exposições que retratam marcos da navegação nacional.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria local ou no site oficial da Marinha. O espaço funciona de terça a domingo, das 11h às 17h, com último acesso às 16h30. Aos domingos, das 9h30 às 11h, há atendimento exclusivo para pessoas com deficiência intelectual e/ou mental, mediante agendamento prévio.

Além das exposições permanentes, o ECM oferece passeios marítimos para a Ilha Fiscal e para a entrada da Baía de Guanabara, proporcionando uma experiência que une cultura e lazer.

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