Mundo • 09:19h • 13 de dezembro de 2025
Mortes no país crescem 4,6% em 2024, maior alta fora anos de pandemia
IBGE identificou quase 1,5 milhão de óbitos
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Arquivo Âncora1
O Brasil registrou quase 1,5 milhão de mortes em 2024, um aumento de 4,6% em relação a 2023. Mesmo assim, o número permanece 0,6% abaixo do registrado em 2022, período ainda impactado pela pandemia de covid-19.
O crescimento observado entre 2023 e 2024 é o maior dos últimos 20 anos, exceto durante os anos de emergência sanitária. Fora do contexto pandêmico, nenhuma variação anual havia ultrapassado 3,5%.
Os dados integram a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que coletou informações em mais de 8 mil cartórios.
Número de mortes no Brasil
2019* — 1,3 milhão
2020 — 1,5 milhão
2021 — 1,8 milhão
2022 — 1,5 milhão
2023 — 1,4 milhão
2024 — 1,5 milhão
*Último ano antes da pandemia
Entre 2020 e 2023, a pandemia provocou mais de 700 mil mortes no país.
Especialistas explicam que o aumento recente segue uma tendência natural associada ao envelhecimento da população. A demógrafa Cintia Simoes Agostinho, analista da pesquisa, lembra que a maior parte dos óbitos ocorre entre pessoas idosas. Por isso, é esperado que o número de mortes continue crescendo conforme avança a idade média da população.
A gerente da pesquisa, Klivia Brayner, destaca que o levantamento não identifica causas específicas de morte, mas lembra que, historicamente, doenças circulatórias — como infarto e problemas cardíacos — são as mais frequentes. Ela também ressalta que o Distrito Federal teve alta de 11,6% nos óbitos de 2023 para 2024, influenciada por mortes relacionadas à dengue. Para detalhar esses fatores, seria necessário integrar outras bases de informação.
Em 2024, 90,9% das mortes foram por causas naturais, enquanto 6,9% resultaram de causas não naturais, como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos e quedas. Em 2,2% dos registros, a causa não foi informada.
O levantamento também aponta diferenças entre homens e mulheres. Nasceram 105 meninos para cada 100 meninas, mas, entre as mortes, a cada 100 mulheres que morreram, 120 homens perderam a vida. Os óbitos não naturais entre homens (85,2 mil) foram 4,7 vezes mais frequentes que entre mulheres (18 mil), com maior disparidade na faixa de 15 a 29 anos, em que a sobremortalidade masculina chega a ser 7,7 vezes maior.
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