Economia • 08:20h • 27 de março de 2025
Metade dos brasileiros sofreu fraude em 2024, diz Serasa Experian
Uso indevido de cartões de crédito é o golpe mais comum
Da Redação com informações de Agência Brasil | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Metade dos brasileiros (51%) foi vítima de fraude no último ano, sendo que 54,2% dessas pessoas sofreram prejuízo financeiro. Os dados são do Relatório de Identidade e Fraude 2025, divulgado nesta terça-feira (25) pela Serasa Experian, empresa especializada em tecnologia de dados, análise de crédito, autenticação e prevenção a fraudes.
O golpe mais comum foi o uso indevido de cartões de crédito (47,9%), seguido pelo pagamento de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix (32,8%) e pelo phishing – prática em que e-mails ou mensagens fraudulentas induzem ao roubo de dados (21,6%).
A pesquisa entrevistou 877 pessoas entre 18 e 65 anos, em todas as regiões do país, com margem de erro de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos.
Dentre aqueles que tiveram perdas financeiras, a maioria relatou prejuízo entre R$ 100 e R$ 1 mil.
Prejuízos com golpes em 2024:
- Até R$ 100: 17%
- De R$ 100 a R$ 500: 35,5%
- De R$ 500 a R$ 1 mil: 12,9%
- De R$ 1 mil a R$ 5 mil: 19,5%
- De R$ 5 mil a R$ 20 mil: 3,7%
- Acima de R$ 20 mil: 3,7%
- Não responderam: 7,9%
Entre os homens, 52,5% afirmaram ter sido vítimas de fraude, enquanto entre as mulheres o índice foi de 49,3%.
O estudo também revelou que a incidência de golpes aumenta com a idade. Na faixa de 18 a 29 anos, 40,8% dos entrevistados relataram ter sido vítimas. Esse número sobe para 51,9% entre aqueles de 30 a 49 anos e chega a 57,8% entre os maiores de 50 anos.
Tecnologia e fraudes
O levantamento destacou que a tecnologia tem sido usada tanto para reforçar a segurança em transações quanto para tornar os golpes mais sofisticados.
O uso da biometria facial como método de autenticação, por exemplo, cresceu de 59% para 67% entre 2023 e 2024, e 71,8% dos entrevistados afirmaram se sentir mais seguros ao utilizá-la.
Por outro lado, criminosos estão recorrendo à inteligência artificial (IA) generativa para criar perfis falsos altamente realistas, capazes de burlar verificações de identidade com dados sintéticos. Além disso, a IA tem sido usada para tornar ataques de phishing mais sofisticados, com links e mensagens fraudulentas que imitam comunicações legítimas.
Uma das ferramentas utilizadas pelos golpistas são as deepfakes, que combinam rostos e vozes em vídeos manipulados, criando imagens falsas de pessoas.
Segundo Caio Rocha, diretor de Autenticação e Prevenção da Serasa Experian, é fundamental que as empresas aprimorem constantemente as tecnologias de proteção contra fraudes. "A combinação de diferentes tecnologias é essencial para reforçar a segurança e fortalecer a confiança nos serviços digitais", afirmou.
Recentemente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançaram a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias e Digitais, que visa atuar na prevenção e repressão de crimes online.
Uso de documentos e compartilhamento de dados
A perda ou roubo de documentos foi um dos principais gatilhos para fraudes em 2024, com 16,3% dos entrevistados relatando ter passado por essa situação.
Além disso, 19% dos participantes admitiram já ter compartilhado seus dados pessoais com terceiros, expondo-se a riscos ainda maiores.
As principais razões para o compartilhamento de informações foram:
- Compras online: 73,7%
- Abertura de contas bancárias: 20,4%
- Obtenção de empréstimos: 15,2%
Métodos de pagamento e segurança
Mesmo sendo o meio mais visado por golpistas, o cartão de crédito é considerado o método de pagamento mais seguro pelos entrevistados, com um aumento na confiança em relação ao ano anterior.
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