Mundo • 12:28h • 26 de julho de 2025
Mesmo no inverno, piscinas representam risco de afogamento, alertam Bombeiros
Tragédias podem ocorrer em poucos segundos de distração mesmo dentro de casa. Crianças pequenas e adolescentes estão entre as principais vítimas, por isso a prevenção e a supervisão pelos adultos são fundamentais para salvar vidas
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Agência de notícias do Paraná | Foto: Gabriel Rosa/AEN

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) reforça o alerta para os riscos de afogamento em piscinas mesmo fora da temporada de verão. O recado vem no contexto do Dia Mundial de Prevenção de Afogamentos, que foi celebrado em 25 de julho, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para chamar atenção global sobre o tema.
Embora o frio reduza o uso recreativo das piscinas, elas continuam presentes em academias, clubes, escolas e residências, o que exige atenção redobrada de pais, responsáveis e profissionais da área.
Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 16 pessoas morrem afogadas por dia no Brasil, sendo quatro delas crianças e duas adolescentes. Entre as crianças de 1 a 9 anos, mais da metade dos casos acontece em ambientes domésticos, com destaque para as piscinas. Outro dado preocupante é que a maioria das vítimas com idade entre 4 e 12 anos sabia nadar, o que reforça a importância da supervisão constante independentemente do nível de habilidade aquática.
O CBMPR alerta que boias de braço não são suficientes para evitar afogamentos, além de muitas vezes passarem uma falsa sensação de segurança. Por isso, é essencial manter a vigilância ativa sobre crianças o tempo todo, evitando deixar brinquedos próximos à água, desligando bombas e filtros durante o uso da piscina, e garantindo que o local tenha barreiras de proteção como grades ou portões com travas.
No caso de piscinas públicas, é fundamental ainda a presença de guarda-vidas qualificados. Outro fator que deve ser observado pelos responsáveis é existência de dispositivos de segurança, especialmente de sistemas antiaprisionamento nas bombas de sucção – os mecanismos instalados no sistema de sucção das piscinas evitam que as pessoas se afoguem ao ficarem presas no fundo da piscina pelos cabelos, roupas, braços ou pernas.
Outro ponto crítico é a conduta em situações de emergência. Entrar na água para tentar salvar alguém sem ter o preparo técnico adequado pode gerar uma segunda vítima.
A campanha de prevenção promovida pelo CBMPR reforça que o afogamento é uma tragédia silenciosa, que pode ser evitada com informação, atenção e atitudes simples. Assim como nas cachoeiras, rios e lagos, onde 76% das mortes por afogamento ocorrem, o ambiente aparentemente seguro de uma piscina também pode esconder perigos letais – sobretudo para os mais vulneráveis.
Confira as principais recomendações de segurança em piscinas:
– Nunca deixe crianças sozinhas, mesmo que saibam nadar
– Evite o uso de boias de braço, que não são equipamentos de segurança
– Mantenha brinquedos afastados da borda da piscina para não atrair os pequenos
– Desligue bombas e filtros durante o uso para evitar acidentes com sucção
– Instale grades, cercas ou portões com trava em piscinas residenciais
– Verifique se há dispositivos de segurança contra aprisionamento nas bombas
– Exija a presença de guarda-vidas qualificados em piscinas públicas
– Não tente realizar salvamentos sem preparo técnico
– Em caso de emergência, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193
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