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Educação • 15:50h • 08 de julho de 2025

Medo de crescer pode gerar ansiedade na transição da Educação Infantil para o Fundamental

Especialistas explicam como escolas e famílias podem apoiar crianças para enfrentar mudanças sem perder o acolhimento e o brincar

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Betini Comunicação | Foto: Ruyk Kitagawa

Entenda como a parceria entre escola e família facilita mudanças escolares
Entenda como a parceria entre escola e família facilita mudanças escolares

A passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental é um marco importante na trajetória escolar, mas também pode despertar um medo simbólico de “crescer” em muitas crianças. Mais do que mudanças práticas, como nova sala ou professores, essa transição costuma carregar a expectativa de novas responsabilidades, gerando insegurança e ansiedade.

De acordo com Mariana Melhado, coordenadora pedagógica da Escola Gracinha, parte desse medo é alimentado por construções sociais e comentários de adultos. “A construção social em torno do Ensino Fundamental, muitas vezes reforçada pelos adultos, pode gerar receio. Comentários como ‘agora acabou a brincadeira’ contribuem para a percepção de que o 1º ano será difícil e repleto de exigências, criando barreiras emocionais desde o início”, explica.

Para as crianças, é essencial que a nova etapa preserve elementos que já faziam parte de sua rotina, como o brincar, o acolhimento e a escuta ativa. Segundo Tatiana Laviola, professora da Educação Infantil na mesma escola, há um receio entre os alunos de que, ao ingressarem no 1º ano, perderão esses momentos. “Muitas crianças acreditam que, ao ingressar no 1º ano, perderão o tempo de brincar e o acolhimento das interações lúdicas, que são aspectos essenciais que seguem presentes na rotina”, destaca. Para ela, é fundamental combater a ideia equivocada de que a escola deixará de ser um espaço de afeto e brincadeira.


Especialistas alertam para ansiedade infantil na mudança de ciclo escolar | Foto: Ruyk Kitagawa

Nesse cenário, o papel da escola é determinante para tornar a transição mais tranquila. Mariana defende uma mudança gradual e respeitosa, com valorização da escuta dos alunos e integração entre as equipes pedagógicas. “A escola precisa acolher as angústias que surgem com a mudança. É natural que os alunos expressem medos e dúvidas, e esses sentimentos devem ser reconhecidos com empatia, nunca minimizados”, pontua.

Entre as práticas que ajudam a preparar emocionalmente as crianças estão rodas de conversa, visitas às salas do 1º ano e trocas entre os próprios alunos. Essas estratégias visam diminuir a ansiedade e criar familiaridade com o novo ambiente escolar.


Especialistas orientam como apoiar crianças na transição para o Ensino Fundamental | Foto: Ruyk Kitagawa

Do ponto de vista pedagógico, o momento exige sensibilidade ao ritmo de cada criança, especialmente no desenvolvimento da leitura e da escrita. Tatiana explica que, na Educação Infantil, o foco está em dar segurança para que os alunos experimentem e criem hipóteses de escrita sem medo de errar. “O desenvolvimento da leitura e da escrita deve ser conduzido com sensibilidade. Na Educação Infantil, trabalhamos para que os alunos se sintam seguros diante de suas hipóteses de escrita, reconhecendo que errar, experimentar e testar são partes legítimas e valiosas do processo de aprendizagem”, ressalta. Escrever bilhetes, listas ou receitas são exemplos de atividades reais de uso da linguagem que continuam no 1º ano, mantendo o prazer pela escrita.

Outro ponto fundamental é o papel da família nesse processo. Mariana enfatiza que o apoio familiar fortalece a segurança emocional da criança. “Quando os responsáveis se sentem apoiados, conseguem sustentar emocionalmente a criança e transmitir tranquilidade sobre o que está por vir”, afirma.

Para Tatiana, essa parceria também ajuda a desconstruir a ideia de ruptura entre os ciclos. Mesmo com mudanças na abordagem pedagógica, o brincar não desaparece — ele se transforma. “Sim, há diferenças entre as abordagens, mas isso não significa rompimento. O brincar, a escuta e a investigação continuam presentes, agora com uma ampliação de repertório e intencionalidade pedagógica”, conclui.

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