Saúde • 21:01h • 25 de março de 2025
Medicamento como entretenimento: influenciador gera polêmica com “gominha” de tadalafila
Jon Vlogs viraliza com anúncio irresponsável e gera alerta sobre os riscos da automedicação para a saúde
Da Redação | Com informações do CFF | Foto: Arquivo/Âncora1

O influenciador Jon Vlogs, com mais de 10 milhões de seguidores, está no centro de uma polêmica após viralizar um anúncio que promove a primeira "gominha" de tadalafila do Brasil. A substância, usada para tratar disfunção erétil, foi apresentada ao público em formato de bala mastigável, prometendo solução imediata para "problemas íntimos". O problema? O teor irresponsável da campanha, que foi criticado por banalizar o uso de medicamentos controlados, como a tadalafila, e tratar a saúde como entretenimento.
Campanha de impacto questionável
No vídeo viral, Jon Vlogs é mostrado em uma festa rodeado de mulheres desacordadas. Ao consumir a "gominha", ele sugere que o produto resolve de maneira instantânea problemas de ereção. O anúncio logo ganhou popularidade nas redes sociais, mas também gerou indignação entre especialistas, que consideram a propaganda extremamente perigosa.
Alerta do Conselho Federal de Farmácia
O Conselho Federal de Farmácia (CFF) se pronunciou contra a campanha, alertando para os riscos da automedicação, especialmente com substâncias controladas como a tadalafila. O uso indiscriminado do medicamento pode resultar em sérios efeitos colaterais, como dores de cabeça, rubor facial, congestão nasal, alterações na visão, e até problemas cardíacos. A entidade enfatizou que esses medicamentos só devem ser utilizados sob prescrição médica e com o acompanhamento adequado de um profissional de saúde.
Automedicação e riscos à saúde: influenciador viraliza com produto para disfunção erétil | Imagem: CFF/Divulgação
Riscos à saúde e desinformação
A tadalafila é um medicamento com indicações específicas para homens com dificuldades em obter ou manter ereções. No entanto, seu uso sem a devida orientação pode causar sérios riscos à saúde, especialmente em pacientes com problemas cardíacos ou que utilizam outros medicamentos, como nitratos. O CFF também lembrou que o uso de substâncias para disfunções sexuais deve envolver a avaliação de fatores físicos e psicológicos, e não uma solução simplista e arriscada promovida como algo sem consequências.
A responsabilidade de influenciadores digitais
Este caso levanta a discussão sobre a responsabilidade dos influenciadores digitais ao promover produtos que impactam diretamente a saúde dos seus seguidores. A falta de responsabilidade e a divulgação de produtos sem regulamentação ou estudo prévio pode ter sérias consequências, principalmente para um público muitas vezes jovem e desinformado. Especialistas alertam que é essencial que os influenciadores se conscientizem sobre o impacto que suas postagens podem ter e se atenhamm a normas de ética e conhecimento técnico ao tratar de temas de saúde.
O caso de Jon Vlogs serve de alerta para a necessidade de se separar saúde e entretenimento nas redes sociais. Medicamentos controlados não são brinquedos e a automedicação pode ser fatal. A saúde merece respeito, e os seguidores devem ser mais críticos e cuidadosos ao se depararem com promessas milagrosas feitas por influenciadores.
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