Educação • 13:36h • 27 de setembro de 2025
Matrículas em EaD superam ensino presencial pela primeira vez na história
Dados do Censo da Educação Superior 2024 mostram avanço de cursos a distância e consolidam nova realidade no ensino superior brasileiro
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Fiqpress Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Pela primeira vez, o número de matrículas em cursos de Educação a Distância (EaD) superou o ensino presencial no Brasil. Os dados foram divulgados pelo Censo da Educação Superior 2024, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e celebrados pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED). Segundo o levantamento, as matrículas na modalidade EaD chegaram a 5.529.057, enquanto no presencial foram registradas 4.697.816.
O estudo revela que, em dez anos, as matrículas presenciais caíram 22,3%, ao mesmo tempo em que a EaD cresceu 286,7%. Essa tendência já se reflete também no número de concluintes: em 2024, 45,3% dos formados vieram da EaD, proporção próxima à do presencial, que ficou em 54,7%. Segundo os especialistas, nos próximos anos a expectativa é que a modalidade a distância ultrapasse também o presencial nesse indicador.
Em relação aos ingressantes, o cenário mostra estabilidade: em 2023 e 2024, cerca de dois terços dos novos estudantes escolheram a EaD, enquanto apenas um terço optou pelo presencial. Nos cursos tecnológicos, a modalidade já responde por 82,6% das matrículas, consolidando-se como o principal canal de expansão desse grau acadêmico.
Setor privado é o motor do EAD
O avanço é impulsionado principalmente pelo setor privado, responsável por 95,9% das matrículas na EaD. Nas universidades federais, o crescimento foi significativo, passando de 938.704 alunos em 2010 para 1.317.548 em 2024, um aumento de quase 379 mil matrículas. Nas instituições privadas com fins lucrativos, porém, a expansão foi ainda mais expressiva: de 2.066.473 matrículas em 2010 para 6.372.474 em 2024, um salto de mais de 4,3 milhões.
Para a ABED, os números confirmam a centralidade da EaD na educação superior brasileira, mas também indicam novos desafios. Entre eles, o equilíbrio entre ingresso e permanência dos alunos, a melhoria da qualidade dos cursos oferecidos e a necessidade de ampliar a inclusão digital. A expectativa agora é acompanhar os efeitos que o novo marco regulatório da EaD trará nos próximos levantamentos.
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