• Governo de SP lança a Rota do Queijo Paulista e abre inscrições para produtores
  • Em alerta: Energisa reforça equipes diante da previsão de chuvas fortes a partir deste domingo
  • Sinais de vida em Marte? Descoberta da Nasa anima comunidade científica
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 17:09h • 16 de maio de 2024

Mais de 95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas

Pesquisa foi divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

Agência Brasil | Paulo Pinto

A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduz em absoluta concordância sobre as razões do fenômeno
A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduz em absoluta concordância sobre as razões do fenômeno

A grande maioria da população brasileira (95,4%) afirma ter consciência de que as mudanças climáticas estão acontecendo, enquanto apenas 3,5% dizem não ter consciência. Um por cento não sabe opinar ou não quis responder a respeito na pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada nesta quarta-feira (15) em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduz em absoluta concordância sobre as razões do fenômeno. Para 78,2% dos entrevistados, as transformações no clima do planeta Terra ocorrem em razão da ação humana – como apontam diferentes estudos científicos. Mas, para 19,6%, essas mudanças são da natureza, sem intervenção do homem.

A percepção da gravidade das mudanças climáticas é ainda mais relativa. Seis de cada dez entrevistados (60,5%) concordam que o evento representa um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Para 26,9%, os riscos são de porte “médio”. Quase 12% dos entrevistados (11,8%) creem que as mudanças são “um perigo pequeno” (8,2%) ou “não são um perigo” (3,6%).

Amostra

A pesquisa foi aplicada na última semana de novembro e primeira semana de dezembro do ano passado, bem antes das tempestades e enchentes que afligem o Rio Grande do Sul. No total, foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais. A composição da amostra tem representação de estratos por gênero, idade, escolaridade, renda e local de moradia em todas as regiões do país.

Essa é sexta edição da pesquisa de opinião sobre percepção pública de C&T entre os brasileiros. As edições anteriores ocorreram em 1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Entre os levantamentos, os pesquisadores afirmam que não foram observadas mudanças significativas de interesse pelas temáticas abordadas.

Interesse pela ciência

Na edição de 2023, o interesse por ciência e tecnologia ficou no mesmo patamar das pesquisas anteriores (60,3% dos entrevistados). O percentual alcançado pela temática indica interesse menor do que em temas associados como medicina e saúde (77,9%), e meio ambiente (76,2%); e em temas diferentes, como religião (70,5%) e economia (67,7%).

Ciência e tecnologia ficam à frente do interesse por esporte (54,3%); arte e cultura (53,8%); e política (32,6%). Mesmo que minoritário, o interesse por política foi o único sobre o qual se notou crescimento significativo nas duas últimas edições da pesquisa: mais de nove pontos percentuais. Em 2019, apenas 23,2% dos entrevistados se declararam interessados por esse assunto.

Apesar do interesse declarado sobre C&T, apenas 17,9% disseram conhecer alguma instituição de pesquisa científica e 9,6% lembraram o nome de algum(a) cientista brasileiro importante. Também é minoritária a proporção de brasileiros que visitam espaços ou participam de atividades relacionadas ao conhecimento científico e/ou educação. “Declarar interesse significa a importância que os brasileiros atribuem para o tema (não significa necessariamente ler, participar ou se informar, mesmo que a correlação exista)”, explica o relatório da pesquisa.

Tendo como referência os 12 meses que antecederam o levantamento, menos de 20% dos entrevistados (19,4%) disseram ter ido a uma biblioteca; 18,9% participaram de feira ou olimpíada da ciência; 13,4% visitaram museu de arte; 11,5% estiveram em museu de C&T; e 6,6% acompanharam a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – que na edição anterior à pesquisa foi realizada em Brasília, com o tema: Bicentenário da Independência: 200 Anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Até mesmo visita a zoológico foi minoritária entre os entrevistados (32,7%).

Cidadania científica

Conforme o relatório da pesquisa, o levantamento indica desigualdade no acesso ao conhecimento. “O interesse em C&T tende a se modificar em função da região de moradia, da idade, da renda e do tipo de participação política dos entrevistados. Isto é, seu valor é maior nas regiões Norte e Sul; cai fortemente com a maior idade; ao crescer a renda, o interesse tende a crescer; e seu valor aumenta de acordo com aqueles que dizem participar de greves, manifestações, abaixo-assinados ou outras formas de manifestação política.”

Para Yurij Castelfranchi, professor associado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os dados da pesquisa indicam que há no Brasil “pessoas excluídas da ciência” ou “exilados da cidadania científica.”

Apesar da apartação social, o acadêmico assinala que a maior parte dos entrevistados “acha a ciência relevante.” A larga maioria dos brasileiros entrevistados sugere aumentar ou manter investimentos em ciência “mesmo em anos de crise”. Em 2023, “apenas 2,6% dos entrevistados acreditam que o investimento em pesquisa científica deva ser diminuído”, contabiliza o relatório da pesquisa.

Desinformação

A exclusão social também não afetou a percepção dos perigos da desinformação e da propagação de falsas notícias. Cinco de cada dez entrevistados disseram “se deparar frequentemente com notícias que parecem falsas”, descreve o relatório. A maior parte dos entrevistados (61,8%) assegura nunca compartilhar informações caso não tenha certeza da veracidade. No entanto, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas.

Ainda de acordo com o relatório, 45,6% dos entrevistados “suspeitam da veracidade das informações provenientes de pessoas ou instituições das quais discordam”. Para 42,2%, as informações são verdadeiras “quando são provenientes de pessoas ou instituições que admiram.”

Pelo menos 40% das pessoas entrevistadas afirmaram que “só acreditam em uma informação se ela for corroborada por outras fontes.” Na avaliação de Yurij Castelfranchi, a atitude declarada de checagem é positiva: “Isso é um princípio básico do letramento midiático.”

Além de colher as opiniões dos brasileiros, a pesquisa do CGEE ainda fez análise de conteúdo das reportagens sobre ciência em dois dos mais importantes jornais brasileiros (Folha de S.Paulo e O Globo) e também avaliou postagens sobre a temática nas redes sociais (Instagram e YouTube).

Os resultados dessa análise, descritos no relatório A Ciência em Diferentes Arenas, estão disponíveis na página da pesquisa na internet.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Educação • 18:29h • 21 de setembro de 2025

Democratização do ensino técnico exige internet de qualidade e iniciativas sociais

Pesquisa do Ipea mostra que profissionais com formação técnica recebem até 24,9% a mais, mas acesso ainda é limitado; inclusão digital e iniciativas sociais são apontadas como soluções

Descrição da imagem

Variedades • 17:36h • 21 de setembro de 2025

Mensagens de WhatsApp fora do expediente podem ser consideradas hora extra

Especialista em Direito Trabalhista explica que comunicação após o horário pode configurar hora extra e até violar o direito ao descanso

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 17:01h • 21 de setembro de 2025

Governo de SP lança a Rota do Queijo Paulista e abre inscrições para produtores

As inscrições para produtores, queijarias, laticínios, cooperativas e demais integrantes da cadeia produtiva do leite e derivados estão abertas até 29 de setembro.

Descrição da imagem

Esporte • 16:45h • 21 de setembro de 2025

Tradição esportiva: Campeonato Varzeano movimenta Pedrinhas Paulista em outubro

Primeira rodada será em um domingo, 5 de outubro, às 15h, no Estádio Municipal Pedro Costa Filho, reunindo oito equipes da cidade e região

Descrição da imagem

Variedades • 16:18h • 21 de setembro de 2025

Em alerta: Energisa reforça equipes diante da previsão de chuvas fortes a partir deste domingo

Concessionária mobiliza plano de contingência, realiza manutenção preventiva e orienta população sobre cuidados com a rede elétrica durante temporais

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 15:40h • 21 de setembro de 2025

Brasil lança programa para fortalecer o turismo sustentável em áreas naturais

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou o programa Natureza com as Pessoas, que amplia o ecoturismo e o turismo de base comunitária em Unidades de Conservação. A iniciativa promete impulsionar o setor, gerar renda e consolidar o Brasil como referência em turismo responsável

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 15:18h • 21 de setembro de 2025

Senado aprova projeto que obriga escolas a comunicar casos de violência ao Conselho Tutelar

Proposta altera a LDB e a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio; medida depende agora de sanção presidencial para entrar em vigor

Descrição da imagem

Variedades • 14:30h • 21 de setembro de 2025

Sinais de vida em Marte? Descoberta da Nasa anima comunidade científica

Sessenta anos após a missão Mariner 4, que levou as primeiras imagens do planeta vermelho, a Nasa anunciou possíveis bioassinaturas em rochas analisadas pelo rover Perseverance. A brasileira Rosaly Lopes, cientista da agência, explica por que o achado é promissor, mas ainda não conclusivo

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?