Saúde • 18:39h • 27 de outubro de 2025
Mais de 10 milhões de brasileiros convivem com a incontinência urinária; como tratar essa condição
Especialistas alertam que a condição é comum, tratável e pode atingir diferentes perfis, de atletas a mulheres no pós-parto; informação e cuidados práticos ajudam a recuperar a confiança
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da CW Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Falar sobre a perda involuntária de urina ainda é um tabu que impede milhões de brasileiros de viver plenamente. No entanto, a incontinência urinária é muito mais comum do que se imagina e pode afetar pessoas de diferentes idades e estilos de vida. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), mais de 10 milhões de brasileiros, o equivalente a 5% da população, convivem com algum grau da condição, que atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos.
A perda de urina pode estar associada a diferentes fatores, como gravidez, parto, alterações hormonais, andropausa, cirurgias pélvicas e doenças crônicas como diabetes e obesidade. Até mesmo esportistas e praticantes de atividades de alto impacto, como corrida e levantamento de peso, podem sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico e apresentar episódios de incontinência.
Para Roberta França, geriatra e psiquiatra, o primeiro passo para lidar com o problema é buscar informação e apoio médico. “Muitos pacientes chegam ao consultório constrangidos, acreditando serem os únicos a passar por isso. É fundamental desmistificar essa ideia. A incontinência urinária tem múltiplas causas e o mais importante é entender que é uma condição de saúde tratável. O diálogo com um médico é a principal ferramenta para recuperar a qualidade de vida”, explica.
Como enfrentar o problema na prática
Enquanto o acompanhamento médico é iniciado, algumas mudanças de hábito podem contribuir para melhorar o controle e reduzir o desconforto. Entre as principais recomendações estão:
Fortalecer o assoalho pélvico: os exercícios de Kegel, que consistem em contrair e relaxar a musculatura que sustenta a bexiga, ajudam a fortalecer a região e aumentar o controle urinário;
Cuidar da alimentação: evitar o excesso de cafeína, álcool, refrigerantes e comidas muito ácidas ou apimentadas pode reduzir a irritação na bexiga;
Hidratar-se com equilíbrio: a redução exagerada da ingestão de água não é recomendada, já que a urina concentrada também pode irritar a bexiga. O ideal é beber pequenas quantidades ao longo do dia e evitar grandes volumes antes de dormir;
Planejar a rotina: conhecer a localização dos banheiros e manter um kit de emergência com produtos absorventes e lenços umedecidos pode trazer mais segurança e tranquilidade no dia a dia.
“O diagnóstico correto é a chave”, reforça Roberta França. “A partir dele, podemos traçar um plano de tratamento que pode incluir desde fisioterapia pélvica até outras abordagens clínicas. Enquanto isso, é crucial que o paciente não paralise sua vida. A tecnologia dos produtos absorventes evoluiu muito, oferecendo segurança e discrição para que a pessoa mantenha suas atividades sociais, profissionais e esportivas sem medo.”
Alinhada à necessidade de informação e acolhimento, a Bigfral, marca líder em produtos para incontinência urinária no Brasil, destaca a importância de quebrar o silêncio e combater o preconceito. A marca reforça que, enquanto o tratamento acontece, a vida deve continuar, e soluções como roupas íntimas descartáveis ajudam a garantir conforto e bem-estar no dia a dia.
Falar sobre a incontinência é uma forma de normalizar o diálogo sobre saúde e incentivar a busca por tratamento. Romper o tabu é o primeiro passo para uma vida mais leve, confiante e sem interrupções.
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