• Polícia prende em flagrante homem por importunação sexual, ameaças e agressões em Cândido Mota
  • FEMA realiza Feira de Profissões nesta semana e apresenta novo curso de Educação Física a partir de 2026
  • Assis: entre fotos, ferramentas e lembranças; suas origens no Museu da Agricultura Miguel Leuzzi
Novidades e destaques Novidades e destaques

Mundo • 10:41h • 30 de outubro de 2024

Maioria das trabalhadoras domésticas diz já ter enfrentado algum tipo assédio

Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Munícipio de São Paulo mostra que 87,6% das trabalhadoras afirmam terem sido vítimas de violência em algum momento de suas carreiras

Da Redação com informações da CUT | Foto: Canva imagens

Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.
Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.

Quase 90% das trabalhadoras domésticas do munícipio de São Paulo afirmam que já passaram por alguma situação envolvendo assédio no local de trabalho, seja ela moral, física ou sexual. É o que aponta pesquisa produzida pelo sindicato da categoria (STDMSP) em parceria com o doutor em ciência política e pesquisador Jean François Mayer, da Concordia University, do Canadá.

De acordo com os dados do estudo, 87,6% das trabalhadoras contam terem sido vítimas de violência em algum momento de suas carreiras. A maioria (58,9%), no entanto, diz resolver sozinha - geralmente no confronto verbal – os casos de assédios envolvendo seus patrões ou patroas.

A pesquisa na categoria é inédita e por enquanto só está disponível a primeira etapa do estudo, onde foram entrevistadas 241 trabalhadoras. A etapa seguinte terá uma abrangência maior, com 1.100 domésticas do município paulista, que está em fase de elaboração e trará um aprofundamento sobre os dados de agora.

Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.

“Foi um trabalho colaborativo desde a concepção até a tabulação da pesquisa. E ajudei o Sindicato nesse processo, acompanhando e dando treinamento às trabalhadoras que quiseram participar, pois sempre entendemos que ninguém melhor do que elas para falar sobre a situação do trabalho doméstico na cidade de São Paulo”, explica Jean, que utiliza um método de pesquisa etnográfica e de ação participativa. 

expectativa era criar um mapeamento que apontasse sobre a situação de vida, mundo do trabalho e os desafios enfrentados pela categoria no dia a dia. Com os dados, o Sindicato espera construir um plano de lutas mais próximo dos anseios dessas trabalhadoras, além de qualificar as cláusulas da convenção coletiva (CCT) durante as negociações junto ao sindicato patronal.

“Essa pesquisa confirma, em dados, aquilo que ouvimos todos os dias durante os atendimentos realizados aqui no Sindicato. Além da precarização no trabalho, elas ainda enfrentam riscos, passam por humilhações e vivem diferentes tipos de violências. Agora temos um papel importante de buscar cláusulas de proteção na CCT e cobrar por maior fiscalização nas residências”, aponta Marli Silva, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Munícipio de São Paulo (STMDSP).

A pesquisa também fez perguntas para identificar as perspectivas e o que planejam as trabalhadoras sobre os seus futuros. Para elas, o sonho de conquistar uma moradia própria está entre as prioridades (14,3%) ao lado de poder “ver a família bem” (14,3%). Em seguida, para 12,5%, existe o desejo de mudança de trabalho.

Em relação aos direitos, a maioria, 50,4%, diz possuir vínculo de trabalho com carteira assinada. Mas somente 31,2% são filiadas ao sindicato.

“Essa pesquisa mostra a grande precariedade econômica e social que afeta a vida das trabalhadoras domésticas. Mas também mostra que elas não permanecem passivas diante de abusos e opressão, utilizando-se de estratégias para resistir à violência no local de trabalho. Então é uma categoria que demonstra bastante força”, ressalta o pesquisador, que colabora com o Sindicato desde 2017.

Jean destaca que acompanhou o período de covid-19 no país, que afetou muitas trabalhadoras domésticas – inclusive a primeira morte no Brasil foi de uma trabalhadora que contraiu o vírus de seus patrões após eles voltarem de viagem-. Nesse período do coronavírus, conta Jean, as trabalhadoras perderam muitos direitos e, desde então, pouco conseguiram recuperar.

Para a presidenta do STMDSP, a luta por melhores condições na categoria nunca foi fácil. “A lei que ampliou nossos direitos (PEC das Domésticas) tem somente 10 anos de aprovação e a conquista por uma convenção coletiva também é recente. Mas estamos em luta diariamente organizadas em sindicatos e na nossa federação, a Fenatrad, para termos garantido direitos, respeito e dignidade no trabalho”, finaliza Marli.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 20:13h • 13 de outubro de 2025

GOL celebra o mês das crianças com dois voos especiais que transformaram sonhos em realidade

Companhia promove experiências únicas para filhos de colaboradores e famílias apoiadas pelo Instituto GOL, com direito a aeronave temática do Chico Bento e estreia de filme a bordo

Descrição da imagem

Variedades • 19:22h • 13 de outubro de 2025

Rejuvenescimento em alta: saiba por que o Deep Plane Facelift virou tendência entre brasileiros

Cirurgião plástico alerta que procedimento exige avaliação individualizada, ambiente hospitalar adequado e profissional experiente para garantir segurança e resultados

Descrição da imagem

Policial • 19:04h • 13 de outubro de 2025

Polícia prende em flagrante homem por importunação sexual, ameaças e agressões em Cândido Mota

Ação rápida da Delegacia de Polícia local resultou na prisão do suspeito após série de atos violentos em estabelecimentos comerciais; Polícia Militar prestou apoio à ocorrência

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 18:49h • 13 de outubro de 2025

Robô alemão promete transformar farmácias brasileiras com precisão e agilidade inéditas

Zetti Tech traz ao continente o sistema Gollmann, presente em mais de 3.500 farmácias europeias, com previsão de instalar mil robôs no Brasil até 2030

Descrição da imagem

Educação • 17:51h • 13 de outubro de 2025

FEMA realiza Feira de Profissões nesta semana e apresenta novo curso de Educação Física a partir de 2026

Evento reúne alunos de Assis e região para conhecer os 12 cursos de graduação da instituição e explorar oportunidades nas áreas da saúde, tecnologia, engenharia, comunicação e direito

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 17:11h • 13 de outubro de 2025

Assis: entre fotos, ferramentas e lembranças; suas origens no Museu da Agricultura Miguel Leuzzi

Museu da Agricultura de Assis transforma o Parque Buracão em vitrine viva da história rural

Descrição da imagem

Educação • 16:41h • 13 de outubro de 2025

Instituto Butantan abre inscrições para mestrado profissional em Biotecnologia e Bioprocessos

Curso é gratuito e destinado a profissionais do ramo biotecnológico; inscrições vão até 5 de dezembro

Descrição da imagem

Mundo • 16:18h • 13 de outubro de 2025

Curso online gratuito ensina brasileiros a se prepararem para o programa de Au Pair no exterior

Plataformaoferece formação completa com 16 aulas, materiais de apoio e certificação gratuita para jovens interessados em intercâmbio cultural

As mais lidas

Mundo

Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda

Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?