• Governo de SP abre inscrições de concurso para auditor fiscal do Estado, com salário de R$ 21 mil
  • Assis promove nova edição da Vila Agro com produtos frescos e show musical nesta sexta-feira
  • Primeiro fim de semana de dezembro terá tempo firme e temperaturas em elevação em Assis
Novidades e destaques Novidades e destaques

Mundo • 10:41h • 30 de outubro de 2024

Maioria das trabalhadoras domésticas diz já ter enfrentado algum tipo assédio

Pesquisa realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Munícipio de São Paulo mostra que 87,6% das trabalhadoras afirmam terem sido vítimas de violência em algum momento de suas carreiras

Da Redação com informações da CUT | Foto: Canva imagens

Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.
Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.

Quase 90% das trabalhadoras domésticas do munícipio de São Paulo afirmam que já passaram por alguma situação envolvendo assédio no local de trabalho, seja ela moral, física ou sexual. É o que aponta pesquisa produzida pelo sindicato da categoria (STDMSP) em parceria com o doutor em ciência política e pesquisador Jean François Mayer, da Concordia University, do Canadá.

De acordo com os dados do estudo, 87,6% das trabalhadoras contam terem sido vítimas de violência em algum momento de suas carreiras. A maioria (58,9%), no entanto, diz resolver sozinha - geralmente no confronto verbal – os casos de assédios envolvendo seus patrões ou patroas.

A pesquisa na categoria é inédita e por enquanto só está disponível a primeira etapa do estudo, onde foram entrevistadas 241 trabalhadoras. A etapa seguinte terá uma abrangência maior, com 1.100 domésticas do município paulista, que está em fase de elaboração e trará um aprofundamento sobre os dados de agora.

Outro diferencial do estudo é que a equipe de pesquisadoras foi formada por trabalhadoras domésticas, que passaram por um processo de formação e empoderamento para conduzir as entrevistas entre seus pares.

“Foi um trabalho colaborativo desde a concepção até a tabulação da pesquisa. E ajudei o Sindicato nesse processo, acompanhando e dando treinamento às trabalhadoras que quiseram participar, pois sempre entendemos que ninguém melhor do que elas para falar sobre a situação do trabalho doméstico na cidade de São Paulo”, explica Jean, que utiliza um método de pesquisa etnográfica e de ação participativa. 

expectativa era criar um mapeamento que apontasse sobre a situação de vida, mundo do trabalho e os desafios enfrentados pela categoria no dia a dia. Com os dados, o Sindicato espera construir um plano de lutas mais próximo dos anseios dessas trabalhadoras, além de qualificar as cláusulas da convenção coletiva (CCT) durante as negociações junto ao sindicato patronal.

“Essa pesquisa confirma, em dados, aquilo que ouvimos todos os dias durante os atendimentos realizados aqui no Sindicato. Além da precarização no trabalho, elas ainda enfrentam riscos, passam por humilhações e vivem diferentes tipos de violências. Agora temos um papel importante de buscar cláusulas de proteção na CCT e cobrar por maior fiscalização nas residências”, aponta Marli Silva, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do Munícipio de São Paulo (STMDSP).

A pesquisa também fez perguntas para identificar as perspectivas e o que planejam as trabalhadoras sobre os seus futuros. Para elas, o sonho de conquistar uma moradia própria está entre as prioridades (14,3%) ao lado de poder “ver a família bem” (14,3%). Em seguida, para 12,5%, existe o desejo de mudança de trabalho.

Em relação aos direitos, a maioria, 50,4%, diz possuir vínculo de trabalho com carteira assinada. Mas somente 31,2% são filiadas ao sindicato.

“Essa pesquisa mostra a grande precariedade econômica e social que afeta a vida das trabalhadoras domésticas. Mas também mostra que elas não permanecem passivas diante de abusos e opressão, utilizando-se de estratégias para resistir à violência no local de trabalho. Então é uma categoria que demonstra bastante força”, ressalta o pesquisador, que colabora com o Sindicato desde 2017.

Jean destaca que acompanhou o período de covid-19 no país, que afetou muitas trabalhadoras domésticas – inclusive a primeira morte no Brasil foi de uma trabalhadora que contraiu o vírus de seus patrões após eles voltarem de viagem-. Nesse período do coronavírus, conta Jean, as trabalhadoras perderam muitos direitos e, desde então, pouco conseguiram recuperar.

Para a presidenta do STMDSP, a luta por melhores condições na categoria nunca foi fácil. “A lei que ampliou nossos direitos (PEC das Domésticas) tem somente 10 anos de aprovação e a conquista por uma convenção coletiva também é recente. Mas estamos em luta diariamente organizadas em sindicatos e na nossa federação, a Fenatrad, para termos garantido direitos, respeito e dignidade no trabalho”, finaliza Marli.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 12:00h • 05 de dezembro de 2025

UFG cria nanoestruturas para tratar intoxicações graves

Pesquisadora da UFG desenvolve lipossomas capazes de capturar substâncias tóxicas e acelerar o atendimento a casos de overdose

Descrição da imagem

Variedades • 11:38h • 05 de dezembro de 2025

Farinha de castanha-do-brasil tem 60% mais proteína que a de trigo, mostra pesquisa da Embrapa

Estudos da Embrapa revelam que farinha e concentrado proteico feitos a partir da castanha-do-brasil têm alto teor de proteínas e bom desempenho em alimentos vegetais como hambúrguer, quibe e proteína texturizada. A tecnologia já pode ser testada em escala comercial

Descrição da imagem

Educação • 11:15h • 05 de dezembro de 2025

MEC pretende chegar a 100% do país com escolas integrais em 2026

Ampliar alfabetização e acesso à internet também é prioridade

Descrição da imagem

Saúde • 10:48h • 05 de dezembro de 2025

Estudo aponta que apostas online geram prejuízo anual de R$ 38,8 bilhões ao Brasil

Pesquisa inédita mostra que as bets causam perdas sociais e econômicas expressivas, impulsionadas pelo aumento do endividamento, impactos na saúde mental e baixa arrecadação pública. O relatório também propõe medidas para reduzir danos e reforçar a regulação do setor

Descrição da imagem

Classificados • 10:25h • 05 de dezembro de 2025

Governo de SP abre inscrições de concurso para auditor fiscal do Estado, com salário de R$ 21 mil

São oferecidas 200 vagas destinadas a profissionais com formação no ensino superior em quaisquer áreas de conhecimento

Descrição da imagem

Cidades • 09:41h • 05 de dezembro de 2025

Prefeitura abrirá o maior Natal Iluminado de Marília hoje, dia 5

Evento será às 19h30 no Complexo Cultural, na Avenida Sampaio Vidal, e seguirá para a Praça Maria Izabel, ao lado da Igreja São Bento

Descrição da imagem

Mundo • 09:22h • 05 de dezembro de 2025

Operação Chuvas: SP amplia sirenes e rede de alertas

Com a instalação de nove novas unidades, São Paulo soma 12 sirenes distribuídas em áreas estratégicas para orientar a evacuação imediata em situações de risco

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 08:58h • 05 de dezembro de 2025

Assis promove nova edição da Vila Agro com produtos frescos e show musical nesta sexta-feira

Programação reúne gastronomia artesanal, produtores locais e apresentação musical