Economia • 16:46h • 09 de fevereiro de 2025
Macaúba: a palma que promete impulsionar a produção de biodiesel sustentável em SP
Pesquisa e investimento em tecnologias impulsionam a macaúba como alternativa promissora para biodiesel e recuperação de áreas degradadas no estado
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Ital/Governo de SP

O cultivo da macaúba, uma palmeira nativa do Brasil, tem ganhado crescente importância no estado de São Paulo, como uma alternativa sustentável e altamente promissora para a produção de biocombustíveis, especialmente o biodiesel. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), em parceria com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e a CATI Sementes e Mudas, está incentivando ativamente o cultivo dessa planta em todo o estado.
A macaúba se destaca não apenas pela sua capacidade de gerar biodiesel, mas também por sua função ambiental, sendo uma excelente opção para a recuperação de áreas degradadas e o cultivo em terrenos acidentados, típicos de regiões marginais. “A macaúba pode gerar uma fonte de renda para os pequenos e médios agricultores, ao mesmo tempo em que contribui para a recuperação de áreas ambientais degradadas e fortalece a sustentabilidade das práticas agrícolas no estado de São Paulo”, explica o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
A palmeira é especialmente estratégica porque, além de produzir biodiesel de alta qualidade, o cultivo da macaúba pode ser realizado de maneira sustentável, preservando o meio ambiente. A CATI, com sua vasta rede de suporte técnico, tem sido fundamental para fornecer mudas e sementes de qualidade, com preços acessíveis, permitindo que os agricultores de diversas regiões do estado possam adotar o cultivo dessa espécie.
Pesquisas inovadoras realizadas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) têm avançado no melhoramento da macaúba. O IAC, líder em pesquisas de genética e melhoramento, está prestes a lançar sua primeira cultivar comercial de macaúba, com o potencial de produzir entre 4.000 e 5.000 toneladas de óleo por hectare, um avanço considerável no aumento da produtividade. “Estamos em um momento espetacular para a macaúba. Grandes grupos do mercado de óleo estão começando a perceber seu potencial e já se preparam para o plantio em larga escala”, destaca Carlos Colombo, pesquisador do IAC.
A produção de biodiesel proveniente da macaúba é vantajosa em vários aspectos. Ao contrário da soja, que gera cerca de 500 litros de óleo por hectare, a macaúba pode produzir aproximadamente 2.500 litros no mesmo espaço, sendo 5 vezes mais eficiente em termos de área plantada. Além disso, o cultivo de macaúba contribui para a preservação de solos degradados e é uma excelente forma de captura de carbono, essencial na luta contra as mudanças climáticas.
Outro ponto positivo para o avanço da produção de biocombustíveis derivados da macaúba é a recente implementação da Lei do Combustível do Futuro, que estabelece programas para o desenvolvimento de diesel verde, biometano e combustível sustentável para a aviação. Esta lei visa substituir os combustíveis fósseis por fontes mais sustentáveis, o que abre ainda mais oportunidades para o uso do biodiesel derivado da macaúba em diversos setores.
Com o crescimento do mercado global de biocombustíveis e a crescente demanda por alternativas mais verdes, a macaúba está se consolidando como uma fonte estratégica para a produção de biocombustíveis, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sociais. O governo de São Paulo, em colaboração com diversas instituições de pesquisa, continua a investir no desenvolvimento dessa cadeia produtiva para garantir que o estado se torne um polo nacional de produção sustentável de óleos vegetais.
“A produção sustentável de biocombustíveis através da macaúba não é mais uma promessa, é uma realidade”, afirma Guilherme Piai, enfatizando que a macaúba pode desempenhar um papel fundamental na transformação do mercado de biocombustíveis no Brasil.
Esse movimento de incentivo ao cultivo da macaúba não só contribui para a redução do impacto ambiental, mas também abre portas para uma nova era de energia mais limpa e renovável, posicionando São Paulo como um líder nacional e global no setor de biocombustíveis sustentáveis.
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