Política • 11:13h • 01 de outubro de 2025
Lula abre Conferência Nacional das Mulheres e sanciona leis que ampliam direitos da maternidade
Evento reúne mais de 4 mil mulheres em Brasília após quase 10 anos sem conferência. Presidente sanciona ampliação da licença-maternidade em casos de internação prolongada e cria semana nacional de conscientização sobre cuidados com gestantes e mães
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da CUT | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na segunda-feira (29), em Brasília, da abertura da 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil, o encontro tem como tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas” e reúne mais de 4 mil participantes para três dias de debates. As diretrizes aprovadas servirão de base para o novo Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, orientando ações em nível federal, estadual e municipal.
O evento marca a retomada da conferência após quase 10 anos de interrupção e foi celebrado como um momento de reconstrução democrática. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a diversidade das participantes — indígenas, quilombolas, negras, idosas, mulheres LBTs, travestis e mães atípicas — e reforçou o papel da conferência como espaço de construção coletiva.
Durante a solenidade, Lula sancionou duas leis voltadas à maternidade e à primeira infância. A primeira amplia em até 120 dias a licença e o salário-maternidade em casos de internação prolongada do bebê ou da mãe. A segunda institui a Semana Nacional de Conscientização sobre os cuidados com gestantes e mães, com foco nos primeiros mil dias de vida da criança.
Em discurso, o presidente afirmou que a conferência representa um “grito contra o silêncio”, ressaltando que não há democracia plena sem a voz e a participação das mulheres. Lula também relembrou a luta histórica pela igualdade salarial e homenageou personalidades femininas, como Maria Quitéria, Chiquinha Gonzaga, Maria Carolina de Jesus, Bertha Lutz, Lélia Gonzalez e Marta, além de mulheres anônimas que sustentam o país no cotidiano.
A conferência também contou com falas de lideranças sociais e movimentos de mulheres negras, indígenas, camponesas, lésbicas e trans, todas reforçando a necessidade de políticas públicas inclusivas e interseccionais. Ex-presidenta Dilma Rousseff participou por vídeo, classificando o evento como símbolo de democracia participativa.
Com pautas que vão da igualdade salarial à política nacional de cuidados, a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres se apresenta como espaço decisivo para orientar ações que impactarão diretamente a vida de mais de 110 milhões de brasileiras.
Aviso legal
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, integral ou parcial, do conteúdo textual e das imagens deste site. Para mais informações sobre licenciamento de conteúdo, entre em contato conosco.
Últimas Notícias
As mais lidas
Mundo
Todos os paulistanos são paulistas, mas nem todos os paulistas são paulistanos; entenda
Termos que definem identidade e pertencimento no Estado de São Paulo