Economia • 16:37h • 18 de dezembro de 2025
Juros do empréstimo pessoal atingem maior nível desde 1997, aponta Procon-SP
Taxa média sobe em 2025, amplia diferença entre bancos e reforça alerta para uso consciente do crédito
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria de Imprensa do Procon | Foto: Divulgação
A taxa média de juros do empréstimo pessoal alcançou, em 2025, o maior patamar da série histórica iniciada em 1997, segundo levantamento do Procon-SP divulgado nesta semana. De acordo com os dados, a taxa anualizada chegou a 8,13 pontos percentuais, refletindo o encarecimento do crédito para o consumidor.
O estudo indica que, em contratos de empréstimo pessoal com pagamento em 12 parcelas, a taxa média registrada em dezembro foi de 8,35 pontos percentuais ao mês. O número representa um aumento de 4,11% em relação a janeiro de 2025, quando a média era de 8,02 pontos percentuais ao mês.
Especialistas do Procon-SP explicam que o avanço dos juros está associado a mudanças no mercado de crédito ocorridas nos últimos anos. Entre os fatores estão a limitação dos juros do cheque especial, definida pelo Banco Central em 2019, e a elevação da taxa Selic ao longo de 2025.
Outro ponto de atenção destacado no levantamento é a ampla diferença de juros praticados entre as instituições financeiras. Enquanto o Banco do Brasil apresentou taxa média de 6,58 pontos percentuais ao mês no empréstimo pessoal, o Santander registrou média de 9,99 pontos percentuais ao mês. A diferença entre as duas instituições supera 51%.
No caso do cheque especial, a taxa média em 2025 ficou em 7,97 pontos percentuais ao mês, praticamente estável em relação a 2024. Todas as instituições encerraram o ano aplicando o teto máximo permitido pelo Banco Central, de 8 pontos percentuais ao mês para pessoas físicas. Bradesco, Caixa, Itaú, Safra e Santander mantiveram esse patamar durante todo o ano, enquanto o Banco do Brasil passou a adotá-lo apenas no último trimestre.
O Procon-SP aponta que o comportamento dos juros em 2025 está diretamente ligado à política monetária. Ao longo do ano, o Comitê de Política Monetária elevou a taxa Selic de 12,25% para 15%, influenciado por fatores como inflação acima da meta, desvalorização cambial, aquecimento do mercado de trabalho e riscos fiscais.
Além da Selic, outros custos impactam o valor final cobrado do consumidor, como despesas operacionais, carga tributária, inadimplência e margem de lucro das instituições financeiras. Esses elementos compõem o spread bancário, que segue elevado no país.
Diante desse cenário, o Procon-SP orienta que consumidores planejem o orçamento com cautela, comparem as taxas entre bancos e utilizem o crédito apenas em situações de real necessidade. O objetivo do levantamento é ampliar a transparência do mercado e estimular decisões financeiras mais conscientes.
O relatório completo está disponível no site do Procon-SP, neste link.
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