Responsabilidade Social • 13:05h • 23 de janeiro de 2025
Jovens, mulheres e negros: setor de alimentação abre caminho para a inclusão no mercado de trabalho
Pesquisa revela aumento de mulheres, negros e pessoas acima de 40 anos no mercado de bares e restaurantes, mas também destaca desafios relacionados à informalidade
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Arquivo/Âncora1
O setor de alimentação fora do lar, composto por bares, restaurantes e outros estabelecimentos similares, tem se mostrado uma importante porta de entrada para o mercado de trabalho no Brasil. Com 4,79 milhões de trabalhadores, segundo dados do IBGE, esse segmento tem se destacado por sua capacidade de geração de empregos e inclusão de diversos perfis no mercado de trabalho. Um levantamento recente da FGV em parceria com a Abrasel, realizado com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), aponta uma tendência positiva de inclusão e diversidade no setor.
Geração de empregos e crescimento de jovens no setor
Em 2024, 57% das contratações formais no setor foram feitas por jovens entre 18 e 24 anos, consolidando o setor de alimentação como um dos principais campos de primeiro emprego. No entanto, a pesquisa também indica que, apesar do alto percentual de jovens, houve um aumento de 55% nas contratações de trabalhadores com mais de 40 anos, destacando o papel do setor também na inclusão de pessoas mais velhas no mercado formal de trabalho.
Mulheres ganham espaço no mercado de alimentação
Outro ponto positivo revelado pela pesquisa foi o aumento significativo de mulheres no setor de alimentação fora do lar. Atualmente, as mulheres representam 49% da força de trabalho no segmento, um crescimento de 2% em relação a 2017, quando elas eram 47%. Além disso, no mercado de trabalho formal como um todo, as mulheres são a maioria, com 55% do total.
A inclusão racial também é destaque
A pesquisa também trouxe à tona dados relevantes sobre a inclusão de pretos e pardos no setor. Em 2017, esse grupo representava 58% dos trabalhadores em alimentação fora do lar, e esse número cresceu para 63% em 2024. Isso evidencia o papel social que o setor desempenha na inclusão da população negra no mercado de trabalho. Além disso, o nível médio de escolaridade também apresentou um crescimento, passando de 10,2 para 10,7 anos de estudo entre 2017 e 2024.
Desafios no setor: alta taxa de informalidade
Apesar dos avanços em termos de diversidade e inclusão, o setor ainda enfrenta desafios estruturais, como a alta taxa de informalidade. Segundo o levantamento, 41% dos trabalhadores no setor de alimentação fora do lar estão em situação informal, o que representa um grande obstáculo para a regularização do mercado de trabalho.
A Abrasel, por meio de seu presidente-executivo, Paulo Solmucci, defende a desoneração da folha de pagamento como uma das soluções para enfrentar esse problema, além de sugerir a ampliação do trabalho intermitente, uma prática bem-sucedida em países mais desenvolvidos.
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