Variedades • 19:42h • 04 de setembro de 2025
Jovens e adultos enfrentam riscos da hiperconexão e perda de pensamento crítico
Exposição constante afeta funções executivas do cérebro, limita pensamento crítico e amplia riscos de frustração e depressão
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Viva | Foto: Arquivo/Âncora1

O uso excessivo das redes sociais está alterando não apenas a forma de relacionamento entre as pessoas, mas também o funcionamento do cérebro. Aline Graffiette, psicóloga e CEO da Mental One, destaca que os impactos da hiperconexão atingem tanto jovens quanto adultos, provocando prejuízos emocionais e cognitivos que afetam a vida pessoal e profissional.
Segundo a especialista, muitas pessoas passam mais de 15 horas por dia conectadas, em busca constante de novidades e estímulos rápidos. Esse comportamento faz com que o cérebro se acostume à liberação contínua de dopamina, associada ao prazer imediato. O resultado é a dificuldade no desenvolvimento de funções executivas, responsáveis por habilidades como interpretação de texto, pensamento crítico, planejamento e tomada de decisões.
Aline lembra que os efeitos dessa deficiência já podem ser observados em números preocupantes. Citando dados apresentados no livro da jornalista Juliana Rosa, ela ressalta que 29% da população adulta brasileira é considerada analfabeta funcional. Apesar de saber ler e escrever, essas pessoas não conseguem aplicar habilidades cognitivas em atividades mais complexas, ficando restritas a tarefas mecânicas.
No campo emocional, a psicóloga afirma que as redes sociais se tornaram ferramentas mais voltadas à geração de dopamina do que à criação ou ao desenvolvimento de relações significativas. Isso gera frustração e, em muitos casos, contribui para o surgimento de quadros depressivos, já que os usuários se percebem distantes das metas que desejam alcançar em suas vidas.
A análise reforça a necessidade de um uso mais crítico e equilibrado das plataformas digitais. Estimular funções executivas, investir em atividades que envolvam reflexão, leitura aprofundada e vínculos reais são caminhos apontados por especialistas como medidas essenciais para reduzir os efeitos negativos da hiperconexão.
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