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Responsabilidade Social • 15:42h • 01 de maio de 2025

Intervenção humana cresce ao redor de sítios arqueológicos no Brasil

Mapeamento alerta para expansão agropecuária e urbana nessas áreas

Da Redação com informações de Agência Brasil | Foto: Divulgação Iphan

Atualmente, quase metade desses locais, 49,6%, estão em áreas desmatadas e ocupadas por usos humanos como pastagens, agricultura e áreas urbanas. Em 1985 esse percentual era de apenas 41,5%, e a maior parte, 53,5% ficava em áreas de vegetação nativa, como florestas, savanas e campos naturais.
Atualmente, quase metade desses locais, 49,6%, estão em áreas desmatadas e ocupadas por usos humanos como pastagens, agricultura e áreas urbanas. Em 1985 esse percentual era de apenas 41,5%, e a maior parte, 53,5% ficava em áreas de vegetação nativa, como florestas, savanas e campos naturais.

Um levantamento inédito revelou a localização e o uso do solo no entorno de 27.974 sítios arqueológicos espalhados por todo o território nacional. A iniciativa, parte do Projeto MapBiomas – Cobertura e Uso da Terra nos Sítios Arqueológicos no Brasil (1985-2023), reúne dados georreferenciados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os torna públicos, com acesso gratuito.

Os dados permitem comparar imagens do território entre 1985 e 2023 e ajudam a entender como a ocupação humana tem avançado sobre áreas históricas. “Com essas informações abertas, é possível identificar se os sítios estão em áreas preservadas ou impactadas, e também acompanhar tendências de avanço da atividade humana, o que pode acender alertas sobre riscos ao patrimônio”, explica Thiago Berlanga Trindade, do Iphan.

Preservação ameaçada

A análise mostra que, nos últimos 40 anos, houve uma mudança expressiva no uso do solo ao redor dos sítios arqueológicos. Em 1985, a maioria deles (53,5%) estava cercada por vegetação nativa, como florestas e savanas. Já em 2023, 49,6% dessas áreas estavam desmatadas e ocupadas por pastagens, lavouras e zonas urbanas.

Hoje, a agropecuária é o principal uso do solo no entorno desses locais históricos, ocupando 43,1% das áreas próximas — em 1985, o predomínio era das florestas (43,2%).

Apesar disso, segundo a coordenadora científica do MapBiomas, Julia Shimbo, foi muitas vezes a própria atividade humana que revelou a existência desses sítios, por meio de obras de infraestrutura ou desmatamento. “Agora temos dados concretos para avaliar os impactos dessas intervenções mais recentes”, afirma.


Seca no Amazonas revela esculturas rupestres Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Distribuição por bioma

A Amazônia concentra o maior número de sítios arqueológicos do país, com 10.197 registros. Em seguida estão a Caatinga (7.004), o Cerrado (4.914), a Mata Atlântica (4.832), o Pampa (904) e o Pantanal (123).

Em termos de impacto humano, a Mata Atlântica lidera: 63% dos sítios estão em áreas modificadas. Na Amazônia, o percentual subiu de 19% em 1985 para 47,5% em 2023.

“A localização em áreas antropizadas exige atenção redobrada para garantir a conservação desses patrimônios”, alerta Berlanga, do Iphan.

Estados com mais registros

A Bahia é o estado com maior número de sítios arqueológicos cadastrados (2.718), seguida pelo Paraná (2.363) e Minas Gerais (2.029).

Quando se observa o uso do solo, o Acre aparece com o maior percentual de sítios em áreas impactadas por atividades humanas (89,2%). Rio de Janeiro (76,1%) e Espírito Santo (75,4%) também apresentam índices elevados. Já Roraima (87,6%), Piauí (78,7%) e Amapá (69,4%) se destacam pela preservação da vegetação nativa no entorno desses locais.

Alerta de desmatamento

A análise ainda identificou 122 sítios arqueológicos com alertas de desmatamento entre 2019 e 2024. Os biomas com mais registros são a Mata Atlântica (31), Caatinga (29) e Amazônia (17).

De acordo com Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas, quase dois terços desses sítios estão em áreas desmatadas para a expansão agrícola. Um caso emblemático ocorre no Rio Grande do Norte, onde 13 dos 19 sítios com alerta de desmatamento estão próximos a projetos de energia solar e eólica.

Para a pesquisadora da UFSC Marina Hirota, os dados reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à conservação: “A pressão crescente sobre os biomas deixa claro que proteger os sítios arqueológicos deve ser uma prioridade do Estado”, conclui.

Pesquisas das pinturas rupestres localizadas no Parque Nacional de Itatiaia, no RJ Concessionária Parquetur/PNI/Divulgação

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