Responsabilidade Social • 11:30h • 14 de outubro de 2024
Instituto Butantan revela o lado fascinante dos escorpiões
Pesquisadores destacam hábitos e características dos aracnídeos, que habitam a Terra há mais de 450 milhões de anos
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Butantan/Governo de SP
O Instituto Butantan, referência em pesquisa científica no Brasil, apresenta uma série de curiosidades fascinantes sobre os escorpiões, criaturas que, embora muitas vezes despertem medo, desempenham um papel vital no equilíbrio ecológico. Esses aracnídeos, que habitam nosso planeta há mais de 450 milhões de anos, são predadores importantes, ajudando a controlar populações de insetos e outros animais.
De acordo com a bióloga e assistente técnica do Biotério de Artrópodes do Instituto Butantan, Denise Maria Candido, o Brasil abriga quatro espécies de escorpiões consideradas de interesse médico. Entre elas, estão o escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus), o escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus), o escorpião-marrom (Tityus bahiensis) e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). Estes últimos registram a maior quantidade de acidentes em todo o país.
Denise lista 9 curiosidades que ajudam a entender melhor esses animais intrigantes:
Fluorescência: Os escorpiões podem brilhar sob luz ultravioleta devido a substâncias em sua cutícula, facilitando sua identificação em ambientes escuros.
Luz ultravioleta ajuda na coleta de espécies de escorpiões. Foto: Butantan/Governo de SP
Picada pela cauda: O veneno está localizado na "cauda", conhecida como metassoma, enquanto as pinças têm funções de captura e acasalamento.
Autodefesa: Algumas espécies, como o gênero Ananteris, conseguem desprender a cauda para escapar de predadores, embora isso possa resultar em sua morte.
Escorpião do gênero Ananteris consegue soltar sua cauda para sobreviver em caso de ataque. Foto: Butantan/Governo de SP
Sensibilidade extrema: Apesar de possuírem até 12 olhos, a visão dos escorpiões não é tão aguçada quanto seu sistema sensorial, que capta vibrações, temperatura e umidade do ar.
Dança nupcial: Os machos realizam uma dança para atrair fêmeas, demonstrando habilidade e escolha de locais adequados para o acasalamento.
Partenogênese: Cerca de 5% das espécies podem reproduzir-se sem a necessidade de um parceiro, uma estratégia que contribui para o aumento populacional.
Os escorpiões podem gerar entre 20 e 25 filhotes por gestação. Foto: Butantan/Governo de SP
Troca de pele: Como outros invertebrados, os escorpiões trocam de pele várias vezes até atingirem a fase adulta.
Peles de escorpião. Foto: Butantan/Governo de SP
Filhos nas costas: Os filhotes sobem para as costas da mãe após nascerem e permanecem lá por cerca de 15 dias, recebendo proteção e cuidados.
Suicídio aparente: Relatos de escorpiões se ferindo ao tentar escapar do perigo podem dar a impressão de suicídio, mas na verdade, são tentativas de se defender.
A conscientização sobre os hábitos e características dos escorpiões é fundamental para evitar acidentes e promover uma convivência harmoniosa com a fauna local. Em caso de picadas, o Instituto Butantan recomenda buscar assistência médica imediata, evitando práticas que possam agravar a situação.
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