Ciência e Tecnologia • 13:49h • 20 de novembro de 2025
Inca ganha primeiro centro de treinamento em cirurgia robótica do SUS
Instituto prevê formar 14 especialistas por ano
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Frame INCA
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) inaugurou na segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, o primeiro centro de formação em cirurgia robótica do SUS. A unidade deve capacitar cerca de 14 profissionais por ano, com dupla titulação na área médica e em cirurgia robótica, além de ampliar a produção de pesquisas.
A cirurgia robótica é minimamente invasiva, oferece maior precisão nos movimentos e amplia o campo de visão do cirurgião em até dez vezes, reduzindo riscos, dor e tempo de recuperação dos pacientes.
O Inca realiza cirurgias robóticas no SUS desde 2012 e já passou dos 2 mil procedimentos em áreas como urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, abdome e tórax. Com o novo Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica, o instituto pretende ampliar a formação e a pesquisa no país.
Um dos principais usos da tecnologia no tratamento do câncer é a prostatectomia robótica, indicada para remoção parcial ou total da próstata. O procedimento foi recentemente incorporado ao SUS. Segundo o diretor-geral do Inca, Roberto Gil, o novo centro deve ajudar a expandir a técnica no país, já que antes médicos precisavam buscar capacitação no exterior.
Entre os destaques da nova estrutura está o robô Da Vinci XI, com três consoles e simulador de realidade virtual, permitindo treinamento seguro e realista. A instalação exigiu adaptações no prédio, e o centro recebeu certificação da fabricante do equipamento, garantindo qualificação oficial aos profissionais.
Durante a inauguração, o Inca apresentou também dois projetos de pesquisa voltados à detecção precoce do câncer de próstata, o tipo mais comum entre homens no Brasil, com cerca de 72 mil novos casos ao ano. As pesquisas contam com apoio do Pronon.
A primeira analisa amostras de lesões de 980 pacientes para identificar estruturas que permitam diagnósticos mais precisos. Esses pacientes serão acompanhados por pelo menos três anos, em busca de marcadores moleculares úteis para rastreamento e tratamento.
A segunda pesquisa vai realizar o sequenciamento genético completo de cerca de 3 mil pacientes com câncer de próstata, em diferentes graus, além de pessoas com hiperplasia prostática benigna. O objetivo é identificar mutações somáticas associadas à doença.
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