Responsabilidade Social • 08:37h • 09 de novembro de 2025
INCA abre o Novembro Negro com foco no combate ao racismo religioso na saúde
Com o tema “Respeito, Ancestralidade e Identidade”, campanha 2025 promove ações integradas para eliminar práticas discriminatórias e fortalecer uma rede pública plural e inclusiva
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do INCA | Foto: Arquivo/Âncora1
O Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro, realizou na última sexta-feira (7) a cerimônia de abertura do Novembro Negro 2025, com o tema “Respeito, Ancestralidade e Identidade: Pelo Fim do Racismo Religioso na Saúde”. A iniciativa marca o início de uma série de ações integradas que buscam combater o racismo estrutural e o preconceito religioso nos serviços públicos de saúde.
O evento integra o Plano de Ação da Estratégia Antirracista e o Plano Setorial de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e às Discriminações no Trabalho na Saúde, reafirmando o compromisso do Ministério da Saúde e de suas instituições com um Sistema Único de Saúde (SUS) mais inclusivo, diverso e comprometido com os direitos humanos.

Crimes documentados
Durante a cerimônia, foram apresentados dados do Dossiê Crimes Raciais 2020, elaborado pelo Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP), que apontam uma média de mais de 70 vítimas de discriminação racial por mês no estado. Segundo o levantamento, 58,2% das vítimas são mulheres, e 42,9% não conheciam seus agressores. Quatro em cada dez casos ocorreram em espaços públicos, com destaque para a Zona Oeste como a região com maior número de ocorrências.
Esses números evidenciam que o racismo — inclusive o religioso — é estrutural e institucional, demandando respostas firmes e contínuas das políticas públicas e do sistema de integridade do Estado.

O diretor-geral do INCA, Roberto Gil, reforçou que o cuidado em saúde também envolve espiritualidade e respeito à diversidade de crenças. Ele destacou que saúde integral deve considerar corpo, mente e fé como dimensões indissociáveis do bem-estar.
Já a superintendente do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, Cida Diogo, ressaltou que o Novembro Negro é uma construção coletiva de resistência e valorização da identidade negra, além de um espaço de promoção da liberdade religiosa e da igualdade racial.

Programação do mês
A programação segue durante todo o mês de novembro, com debates, rodas de conversa, apresentações culturais e atividades educativas que promovem a valorização da ancestralidade e o combate a todas as formas de discriminação no SUS.
O Novembro Negro é uma oportunidade de reafirmar o compromisso das instituições de saúde com a equidade, a escuta e o respeito à diversidade religiosa, pilares essenciais para uma assistência verdadeiramente humanizada.
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