Economia • 11:40h • 15 de março de 2025
Inadimplência atinge R$ 7 bilhões em 2024, impactando condomínios e aluguéis
Com aumento nos índices de inadimplência, condomínios enfrentam dificuldades financeiras, impactando diretamente moradores e administradores
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa | Foto: Divulgação

Em 2024, a inadimplência no Brasil apresentou números alarmantes, afetando especialmente o setor de locação de imóveis e a gestão de condomínios. De acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, a taxa de inadimplência de aluguéis aumentou de 3,20% em novembro para 3,46% em dezembro, um pico no segundo semestre do ano. Apesar de estar abaixo do recorde de 3,86% registrado em fevereiro e abril, o aumento nos índices acende um alerta entre administradores e moradores de condomínios.
A região Norte lidera a inadimplência, com uma taxa de 7,05%, seguida pelo Nordeste com 5,02%. Já o Sul, apesar de ser a região com a menor taxa de inadimplência (2,73%), também enfrenta os reflexos dessa crise. Entre os estados, a Paraíba se destaca com 15,77% de inadimplência, enquanto Santa Catarina apresentou o índice mais baixo com 1,97%.
No cenário dos imóveis residenciais, aluguéis de até R$ 1.000 são os mais afetados, com uma taxa de inadimplência de 5,43%. Para imóveis comerciais, a maior inadimplência ocorre também na faixa de aluguéis até R$ 1.000, com 6,75%. No Ceará, a inadimplência alcançou 4,11%, acima da média nacional.
Reflexos nos condomínios
Luciana Lima, CEO da Gestart Condomínios, destaca que o aluguel é uma das primeiras necessidades a serem mantidas pelos moradores, o que torna a inadimplência locatícia um reflexo das dificuldades financeiras enfrentadas pela população, especialmente entre as classes mais baixas. Essa situação tem um impacto direto nos condomínios, que enfrentam uma crescente dificuldade financeira devido ao não pagamento das taxas condominiais, gerando um prejuízo anual de cerca de R$ 7 bilhões.
A falta de arrecadação suficiente compromete os serviços e pode resultar no aumento das taxas condominiais para os moradores adimplentes. "Quando um percentual significativo de moradores deixa de pagar, os condôminos que cumprem com suas obrigações acabam tendo que arcar com os custos adicionais", afirma Luciana Lima.
Consequências e soluções
A inadimplência prolongada pode gerar medidas mais drásticas, como ações judiciais, penhora ou até mesmo o leilão do imóvel. Diante desse cenário, é fundamental que administradores e moradores trabalhem juntos para encontrar soluções que minimizem os impactos financeiros. Luciana sugere a negociação amigável com os inadimplentes, oferecendo opções de parcelamento ou acordos que se ajustem à realidade financeira do morador.
"Oferecer condições flexíveis para quem está enfrentando dificuldades financeiras pode evitar o acúmulo de dívidas e contribuir para o equilíbrio financeiro do condomínio", conclui Luciana.
Este cenário de inadimplência crescente exige atenção e ações proativas, com medidas que ajudem a preservar o setor imobiliário e garantir a qualidade de vida nos condomínios brasileiros, que dependem do pagamento das taxas para manter seus serviços essenciais funcionando.
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