• A era do "tô bem, mas nem tanto": quando o sorriso esconde sinais de depressão
  • Palmital recebe Rock Caramujo 2025 com dois dias de shows nacionais e tributos
  • Turismo em SP: primavera será mais movimentada para 86% dos municípios
Novidades e destaques Novidades e destaques

Ciência e Tecnologia • 11:39h • 22 de março de 2025

Hipertensão e intestino: pesquisadores descobrem caminho para novos tratamentos

Pesquisadores desvendam como a alimentação pode ser a chave para o tratamento da pressão alta, abrindo caminho para novos medicamentos especializados

Da Redação | Com informações da Universidade de Monash | Foto: Divulgação

Nova ligação entre intestino e hipertensão promete revolucionar o tratamento da pressão alta
Nova ligação entre intestino e hipertensão promete revolucionar o tratamento da pressão alta

A hipertensão, uma das principais causas de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e insuficiência renal, é responsável por afetar uma em cada três pessoas na Austrália, e o número de casos no mundo é igualmente alarmante. No entanto, uma nova descoberta de pesquisadores da Universidade Monash pode significar o início de tratamentos mais especializados e eficazes para controlar a pressão arterial. O estudo revela uma conexão intrigante entre o intestino e a hipertensão, trazendo à tona um novo mecanismo que pode mudar a forma como lidamos com o tratamento dessa condição.

O projeto foi liderado pela professora Francine Marques, do Laboratório de Pesquisa de Hipertensão na Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Monash, com colaboração de cientistas da Austrália, China e Cingapura. A pesquisa mostra que a fibra dietética, especialmente por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta, pode ser a chave para reduzir a pressão alta. Esses ácidos graxos são produzidos pelos micróbios intestinais quando fermentam os alimentos ricos em fibras, como legumes, frutas, grãos integrais e sementes.

O que torna essa descoberta ainda mais revolucionária é a identificação de dois receptores nas células intestinais, conhecidos como GPR41 e GPR43, que são ativados por esses ácidos graxos. Esses receptores, presentes em células imunes e nas células que revestem a parede intestinal, desempenham um papel fundamental em desencadear mecanismos anti-inflamatórios, o que ajuda a reduzir a pressão arterial. A ativação desses receptores, no entanto, depende da ingestão adequada de fibras na dieta, algo que muitos não estão consumindo em quantidade suficiente.

“A fibra dietética é fundamental, mas a maioria das pessoas não a consome o suficiente. E quando isso acontece, a permeabilidade intestinal aumenta, permitindo que componentes microbianos entrem na circulação, o que ativa a inflamação e contribui para a hipertensão”, explicou o pesquisador principal, Rikeish R Muralitharan. Isso demonstra que, de alguma forma, a hipertensão pode começar no intestino e ser amplificada por um desequilíbrio na dieta.

O estudo não apenas revelou esse novo mecanismo, mas também mostrou que algumas variantes genéticas, encontradas em cerca de 300.000 pessoas, podem levar a taxas mais baixas de hipertensão. O que significa que uma pessoa com uma predisposição genética favorável pode ter maior resistência a desenvolver pressão alta, mesmo sem seguir a dieta ideal.

O próximo passo dessa pesquisa será a realização de um ensaio clínico em humanos, que tem como objetivo compreender melhor a permeabilidade intestinal e como ela afeta a hipertensão. Além disso, um novo ensaio com medicamentos está sendo iniciado, onde pesquisadores estão buscando substâncias que possam ativar os receptores GPR41 e GPR43 de forma controlada, abrindo assim a possibilidade de novos tratamentos focados no intestino.

Para a professora Marques, essa descoberta representa um avanço significativo não apenas no entendimento da hipertensão, mas também na forma como podemos abordar sua prevenção e tratamento. O foco na dieta e no intestino pode ser a chave para o desenvolvimento de tratamentos menos invasivos e mais naturais.

Com a promessa de novas opções de tratamento, essa pesquisa abre portas para a inovação no controle da pressão arterial, contribuindo para a saúde global e oferecendo esperança para milhões de pessoas que convivem com a hipertensão.

Para mais detalhes sobre a pesquisa e os próximos passos do estudo, acesse o site do Laboratório de Pesquisa de Hipertensão da Universidade de Monash.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Variedades • 17:49h • 14 de setembro de 2025

A era do "tô bem, mas nem tanto": quando o sorriso esconde sinais de depressão

Psicóloga alerta para os riscos da “depressão sorridente” e reforça a importância do acolhimento sem julgamentos

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:44h • 14 de setembro de 2025

Palmital recebe Rock Caramujo 2025 com dois dias de shows nacionais e tributos

Evento acontece no último final de semana de setembro e terá apresentações de Detonautas, Nando Reis e bandas covers de grandes clássicos

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:17h • 14 de setembro de 2025

Turismo em SP: primavera será mais movimentada para 86% dos municípios

Ocupação dos meios de hospedagem está estimada em 62,5%, já antecipando a temporada de verão

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 15:44h • 14 de setembro de 2025

Estudo mostra que cidades com mais áreas verdes têm menos internações por doenças respiratórias

Pesquisa da PUCPR analisou quase todos os municípios do Paraná e identificou que praças, parques e áreas arborizadas ajudam a reduzir casos de internações ligadas a problemas respiratórios. O estudo também relaciona pobreza a maior incidência dessas doenças

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 15:06h • 14 de setembro de 2025

Faltam 3 meses: Cruzália anuncia 4ª edição da Cavalgada para dezembro

Evento acontece no dia 14 de dezembro e promete reunir famílias, amigos e amantes da cultura tropeira

Descrição da imagem

Mundo • 14:56h • 14 de setembro de 2025

Acidentes com cargas perigosas crescem 21% e Entrevias emite alerta

Concessionária reforça orientações a motoristas diante do aumento nos acidentes com produtos químicos no trecho sob sua gestão

Descrição da imagem

Saúde • 14:24h • 14 de setembro de 2025

Depressão sazonal: especialistas explicam efeito da falta de luz solar

O Transtorno Afetivo Sazonal é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um transtorno depressivo, mais frequente no outono e no inverno, e com maior incidência em pessoas que vivem em regiões mais distantes da linha do Equador, onde os dias de inverno são mais curtos e há menos exposição ao sol

Descrição da imagem

Economia • 13:35h • 14 de setembro de 2025

Queda no preço dos alimentos vai permanecer, diz ministro

Paulo Teixeira, do Desenvolvimento agrário, falou à Voz do Brasil

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?