Responsabilidade Social • 10:30h • 26 de julho de 2024
Governo federal lança ações contra a fome com foco nas mulheres negras
Medidas anunciadas no Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha visam combater desigualdades alimentares
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Tomaz Silva
O governo federal anunciou na quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, uma série de ações de combate à fome focadas nas mulheres negras. O anúncio foi feito pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, durante evento no Palácio Guanabara, marcando o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. As medidas, que envolvem um investimento de R$ 330 milhões, são parte do programa Brasil sem Fome e visam enfrentar a insegurança alimentar grave que afeta majoritariamente essa população.
A parceria entre o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) inclui a formação de gestores e profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), além de estudos e pesquisas de dados para identificar e atender as populações mais vulneráveis. "Setenta e cinco por cento das casas com insegurança alimentar grave são de pessoas negras, e 40% dessas são chefiadas por mulheres negras", destacou Anielle Franco.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também aderiu ao Plano Brasil sem Fome durante o evento. Castro expressou a intenção de aumentar o número de restaurantes populares, que atualmente oferecem refeições a R$ 1, de 12 para pelo menos 35 até o final de seu mandato em 2026. "O Rio de Janeiro vive com déficit anual de R$ 8,5 bilhões, mas não vai faltar dinheiro para alimentar o nosso povo", afirmou.
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, reforçou a importância da busca ativa para localizar e atender pessoas em situação de vulnerabilidade. Ele destacou que R$ 6,6 bilhões serão transferidos pelo governo federal para programas como Bolsa Família e Benefício de Prestação Continuada (BPC). "Vamos garantir direito a quem tem direito", disse Dias, defendendo a inclusão dos mais pobres no orçamento público.
O subdiretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Mario Lubetkin, elogiou os esforços do Brasil no combate à fome. Segundo ele, mais de 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023, graças às políticas concretas e coesas do país. No entanto, ainda há 2,5 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar. "Tem que garantir que as pessoas comam e comam bem", concluiu Lubetkin, enfatizando a importância da qualidade nutricional.
O conjunto de ações anunciadas reflete o compromisso do governo federal em reduzir as desigualdades e garantir o direito à alimentação para todos, com foco especial nas mulheres negras, que representam uma parcela significativa da população em situação de vulnerabilidade.
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