Saúde • 19:31h • 05 de maio de 2025
Ginecologista esclarece os sinais de corrimento vaginal que não devem ser ignorados
Saúde feminina: os diferentes tipos de corrimento e orientações sobre quando é hora de buscar ajuda médica
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa | Foto: Divulgação

O corrimento vaginal é uma parte natural da fisiologia feminina, responsável por manter a região íntima saudável e protegida contra infecções. No entanto, mudanças em suas características podem ser um sinal de que algo não vai bem e exigir a atenção de um ginecologista. A médica Loreta Canivilo, especialista em saúde feminina, alerta para os diferentes tipos de corrimento e explica quando esses sinais indicam a necessidade de avaliação médica.
"Nem todo corrimento é motivo de preocupação. Em muitos casos, ele é apenas reflexo das flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual. Contudo, quando houver alteração nas características, como cor, cheiro ou consistência, associadas a sintomas como coceira, ardor ou dor, isso pode ser indicativo de infecções ou outras condições ginecológicas", afirma Loreta.
Tipos de corrimento vaginal e o que cada um indica
A ginecologista detalha os principais tipos de corrimento vaginal e o que eles podem indicar:
Branco e sem cheiro: Considerado normal, é comum principalmente no período da ovulação, quando as flutuações hormonais aumentam a produção de secreção vaginal.
Branco espesso e acompanhado de coceira: Pode ser sinal de candidíase, uma infecção fúngica causada pelo fungo Candida, que pode ser tratada com antifúngicos.
Transparente e elástico: Geralmente saudável, esse corrimento é mais frequente durante a ovulação e ajuda a lubrificar naturalmente a região íntima.
Amarelo ou esverdeado, com mau cheiro: Indica infecções como a tricomoníase, uma doença sexualmente transmissível (DST) causada por um protozoário.
Cinza ou branco acinzentado, com odor forte semelhante a peixe: Sinal de vaginose bacteriana, uma condição causada pelo desequilíbrio da flora vaginal, com um crescimento excessivo de bactérias.
Marrom ou com sangue fora do período menstrual: Pode ser relacionado a restos de menstruação, mas também pode indicar problemas mais graves, como pólipos ou, em casos raros, câncer ginecológico.
Fatores que influenciam o corrimento vaginal
O corrimento vaginal varia conforme diferentes fases da vida. Em meninas antes da puberdade, o corrimento pode ser sinal de infecção por falta de higiene adequada. Na fase reprodutiva, ele tende a ser mais frequente, especialmente em virtude das flutuações hormonais durante o ciclo menstrual, uso de anticoncepcionais ou gravidez. Já na menopausa, a diminuição do estrogênio pode levar à secura vaginal, favorecendo infecções e alterações no corrimento.
Além disso, o uso excessivo de produtos íntimos, como sabonetes, e a prática de duchas vaginais podem alterar a flora vaginal e desencadear corrimentos anormais. "Muitas mulheres acreditam que o uso constante de sabonetes íntimos e duchas vaginais vai prevenir infecções, mas isso pode prejudicar a flora vaginal e gerar desequilíbrio", alerta Loreta.
Quando procurar ajuda médica
Embora o corrimento vaginal seja, em sua maioria, inofensivo, é importante estar atenta a sinais que possam indicar problemas de saúde. "Mudanças no odor, cor ou volume do corrimento, bem como o surgimento de coceira intensa, ardor ao urinar, dor ou desconforto na região íntima, são sintomas que exigem a atenção de um ginecologista", explica a médica.
A recomendação de Loreta Canivilo é clara
Se houver qualquer alteração significativa ou desconforto no padrão habitual de corrimento, procure um ginecologista. O diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento seja o mais eficaz possível
Cuidar da saúde íntima e estar atenta aos sinais do corpo é fundamental para prevenir problemas e garantir a qualidade de vida. No entanto, a automedicação, especialmente para tratamentos relacionados ao corrimento vaginal, deve ser evitada, e a orientação de um especialista é sempre a melhor opção.
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