Economia • 18:26h • 12 de setembro de 2025
Gestão ineficiente em TI e telecom pode custar até R$ 350 mil por milhão investido
Linhas inativas, pacotes superdimensionados e cobranças indevidas compõem os chamados “desperdícios invisíveis”, que corroem a saúde financeira das companhias
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

No ambiente corporativo, onde cada decisão impacta diretamente os resultados, muitas empresas ainda deixam escapar valores significativos em contratos de TI e telecomunicações. Linhas inativas, pacotes de dados acima da real necessidade, serviços duplicados e cobranças indevidas são exemplos de custos recorrentes que especialistas chamam de “desperdícios invisíveis”.
Segundo auditorias realizadas pela K2A Technology Solutions, de 25% a 35% dos gastos corporativos em TI e telecomunicações são destinados a serviços não utilizados ou que poderiam ser otimizados. “É como se, a cada R$ 1 milhão investido em telecom, até R$ 350 mil estivessem sendo literalmente jogados fora”, afirma Paulo Amorim, CEO da empresa.
Para o executivo, a principal origem desses desperdícios está na complexidade dos contratos e na ausência de monitoramento contínuo. “Grande parte dos gestores foca em cortar custos em áreas mais visíveis, mas ignora pequenos vazamentos financeiros que se acumulam nas faturas mensais. Sem acompanhamento especializado, essas despesas permanecem invisíveis e corroem os resultados no longo prazo”, explica.
Entre os exemplos mais comuns estão linhas e ramais inativos que continuam sendo cobrados, planos incompatíveis com a demanda real, licenças de softwares não utilizadas, aluguel de equipamentos subutilizados, duplicidade de serviços mantidos por falta de controle e cobranças de serviços já cancelados. A ausência de relatórios detalhados de uso também é um entrave para a tomada de decisão baseada em dados.
Empresas especializadas em gestão de despesas de TI e Telecom, conhecidas pela sigla ITEM (IT Expense Management), oferecem auditorias que permitem identificar falhas, recuperar valores pagos indevidamente e renegociar contratos. De acordo com Amorim, os projetos desenvolvidos pela K2A têm obtido reduções que variam entre 35% e 70%.
Alguns sinais podem indicar a necessidade de revisão contratual, como contas pouco transparentes, crescimento dos custos sem aumento proporcional do uso, linhas ativas sem identificação de usuário, pacotes de dados nunca consumidos integralmente, serviços duplicados e ausência de processos de auditoria periódica.
O cenário ganha ainda mais relevância diante do dado do IBGE de que mais da metade das empresas brasileiras encerram atividades antes de completar cinco anos, muitas vezes por má gestão financeira. Nesse contexto, eliminar desperdícios e alinhar contratos de telecom e TI pode ser um diferencial estratégico para a sobrevivência e competitividade no mercado.
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