Ciência e Tecnologia • 11:32h • 24 de fevereiro de 2025
Fertilizante multinutriente da USP promete revolucionar a agricultura sustentável
Com a patente de fertilizante nitrogenado multinutriente, pesquisadores da USP prometem reduzir perdas de nitrogênio e melhorar o rendimento das lavouras
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação

Em um cenário de crescente demanda por alimentos, rações e biocombustíveis sustentáveis, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo uma solução inovadora para garantir o aumento da produtividade agrícola. A patente de Fertilizante Nitrogenado Multinutriente de Eficiência Aumentada promete reduzir significativamente as perdas de nutrientes no solo, aumentando o aproveitamento dos fertilizantes e, consequentemente, a produção no campo.
Com a população mundial projetada para atingir 9,7 bilhões até 2050, a Organização das Nações Unidas estima que será necessário aumentar a produção agrícola em aproximadamente 47%. Nesse contexto, o uso de fertilizantes nitrogenados tem sido uma das principais estratégias para impulsionar a produção, especialmente a ureia, amplamente utilizada, mas que apresenta perdas significativas de nitrogênio, prejudicando tanto os agricultores quanto o meio ambiente.
A nova fórmula desenvolvida pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP combina a ureia com micronutrientes e o estabilizador NBPT. Segundo Bruno Cassim, doutorando da Esalq e responsável pela pesquisa, essa combinação tem o objetivo de minimizar as perdas de nitrogênio causadas pela volatilização, além de aumentar a disponibilidade de nutrientes essenciais para as plantas. Com essa inovação, o fertilizante promete não apenas reduzir emissões gasosas de nitrogênio, mas também proporcionar um maior rendimento das lavouras.
Tecnologia e benefícios
A tecnologia é projetada para beneficiar tanto grandes quanto pequenos produtores, especialmente no momento da adubação de cobertura, quando as perdas de nitrogênio são mais significativas. O uso do novo fertilizante já demonstrou resultados promissores, com a redução da volatilização e maior aproveitamento do nutriente pelas plantas, melhorando a produtividade e a qualidade dos cultivos. O fertilizante está em fase de testes, e os resultados obtidos até o momento têm sido bastante animadores, mas a equipe de pesquisa ainda está trabalhando para entender melhor as interações entre o estabilizador e os micronutrientes.
O desenvolvimento dessa tecnologia foi possível graças ao financiamento da Fapesp, em parceria com o Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena/USP), e tem como objetivo oferecer uma solução eficiente para o mercado agrícola, especialmente em um cenário em que a deficiência de micronutrientes tem se tornado cada vez mais comum.
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