• Fim de semana com céu nublado e clima ameno em Assis: confira a previsão do tempo
  • Dezembro Vermelho: Testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites no Centro de Saúde de Quatá
  • PM de São Paulo abre novo concurso para 2,7 mil soldados; saiba como se inscrever
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 08:17h • 22 de setembro de 2024

Fapesp: material libera fertilizante para plantas de forma controlada e se degrada após 90 dias

Filme à base de algas e nanocelulose criado na UFSCar é seguro ao meio ambiente, reduz a perda de nutrientes e pode substituir o uso de microplástico na agricultura

Da Redação/Agência SP | Foto: Governo de SP

Existe a possibilidade de produzir o filme em grande escala, pois o Brasil tem facilidade de acesso a algas e é o maior produtor de celulose do mundo.
Existe a possibilidade de produzir o filme em grande escala, pois o Brasil tem facilidade de acesso a algas e é o maior produtor de celulose do mundo.

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos desenvolveram, em parceria com um produtor de antúrios de Holambra, no interior de São Paulo, um filme à base de algas e nanocelulose que substitui, com vantagens, o material importado usado pelo agricultor como recipiente para reproduzir a planta. Isso porque o filme criado pelos brasileiros é capaz de liberar fertilizante lentamente no substrato. Com adaptações, poderá ser utilizado na reprodução de diversas culturas, além do ornamental antúrio.

“No caso do antúrio, nosso parceiro usa um recipiente fabricado por uma empresa estrangeira para reproduzir o tecido vegetal em laboratório. Essa empresa produz um papel e uma máquina. Outros empreendedores compram o papel e a máquina e fornecem esses vasinhos que, segundo ele, são muito caros”, explica à Agência Fapesp, Claudinei Fonseca Souza, do Grupo de Pesquisa em Engenharia de Água, Solo e Meio Ambiente da UFSCar, no campus de Araras.

Em busca de um diferencial em relação ao produto importado, a equipe da UFSCar teve a ideia de usar a carragena (substância extraída de algas vermelhas) e o alginato (obtido de algas marinhas marrons) como meio para armazenar um fertilizante, o MAP (fosfato monoamônico) amplamente empregado em diversas culturas.

“O desafio na utilização de polímeros como a carragena e o alginato está na obtenção de materiais com resistência, já que eles tendem a se dissolver rapidamente em contato com a água. Por isso, adicionamos nanofibras de celulose ao material, em diferentes concentrações, na expectativa de melhorar suas propriedades mecânicas, físicas, químicas e térmicas”, conta o pesquisador.

Assim, a equipe obteve um filme com o qual moldou vasinhos que podem substituir aqueles tradicionalmente usados na reprodução da planta.

“Esse filme tem de manter a estrutura da planta, mas não pode oferecer resistência ao sistema radicular. Ou seja, tem de ser resistente, mas não muito. Por isso, fizemos o teste agregando de 1% até 5% de nanocelulose ao material. Obtivemos o melhor resultado com 4%. Nossa intenção agora é patentear o material e partir para testes com outras culturas”, adianta Souza.

Ele ressalta que a raiz tem dupla importância para a planta: primeiro, de suporte, e segundo na absorção de água e nutrientes. “Ao conceber o material, não podemos esquecer de nenhuma delas. A partir desse filme com 4% de nanocelulose, passamos para o teste em campo, que ainda não foi publicado. Usamos uma técnica que consegue dar uma ideia do material liberado a partir da condutividade elétrica do solo. Fizemos também um teste de degradação. A cada 30 dias íamos até Holambra, coletávamos as plantas e fazíamos uma avaliação. E observamos que o material desaparece após 90 dias.”

De acordo com Souza, a liberação dos nutrientes acontece por diferença de potencial entre o material enriquecido com fertilizante e o substrato da planta, que não contém a substância.

“Estamos testando numa condição real, no campo, fazendo igualzinho o agricultor. Com amparo, portanto, da agronomia. Há técnicas pelas quais se consegue monitorar a liberação do material quase em tempo real.”

O trabalho, publicado na revista Cellulose, teve apoio da Fapesp por meio de Auxílio à Pesquisa Regular concedido à professora Roselena Faez, segunda autora do artigo.

Vantagens

Em laboratório, os cientistas fizeram placas de 10×20 centímetros do material em uma impressora 3D de filamentos ABS (resina termoplástica derivada do petróleo, obtida a partir da combinação de três monômeros: acrilonitrila, butadieno e estireno). Depois, enrolaram o filme em um gabarito de aço redondo e colaram para formar os vasinhos.

“Nessas placas, conseguimos fazer umas ranhuras que facilitam a saída das raízes. E a própria raiz, depois que vai crescendo, faz uma espécie de reforço do material”, diz Souza.

Para ele, é perfeitamente possível produzir o filme em grande escala, pois o Brasil tem facilidade de acesso a algas e é o maior produtor de celulose do mundo. “Só que, para chegar em escala, precisamos desenvolver essa parte final, analisar os resultados do trabalho de campo e patentear o material. Estamos procurando matérias-primas que existam em abundância e tenham preço bom, porque não adianta nada desenvolver um filme excelente e muito caro, que não chega ao agricultor.”

Souza ressalta que o filme à base de algas e nanocelulose tem diversas vantagens: promove a economia de fertilizante, pois há menos perda por lixiviação (a alga segura os compostos, que não são levados pela chuva ou irrigação) e pode evitar a utilização de plástico, pois o filme também se presta a substituir as esferas de microplástico usadas pela agricultura em larga escala para liberação de fertilizantes. “Utiliza-se a mesma técnica de inserção de fertilizante nas esferinhas de plástico, só que nosso material é biodegradável. Depois de 90 dias, ele praticamente

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Policial • 17:06h • 22 de novembro de 2024

Polícia Civil de Tarumã prende morador e apreende adolescente por tráfico de drogas

Em operação conjunta, policiais apreendem substâncias entorpecentes e objetos relacionados a furtos; ação ocorre em resposta a investigações sobre crimes na cidade

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 17:02h • 22 de novembro de 2024

Governo de SP apresenta na COP 29 plataforma para impulsionar a restauração de áreas protegidas

Ferramenta reúne mais de 40 mil hectares mapeados em unidades de conservação

Descrição da imagem

Policial • 16:37h • 22 de novembro de 2024

Assis: prisão por tráfico, captura de fugitivo e apreensão de vinhos irregulares marcam ações policiais

A Polícia Civil e Militar realizaram várias ações, com destaque para a prisão de envolvidos em tráfico de drogas, latrocínio tentado e descaminho

Descrição da imagem

Classificados • 16:30h • 22 de novembro de 2024

MinC oferece curso que capacita trabalhadores da cultura a disputar editais

Inscrições podem ser feitas até 21 de fevereiro de 2025

Descrição da imagem

Cidades • 16:08h • 22 de novembro de 2024

Fim de semana com céu nublado e clima ameno em Assis: confira a previsão do tempo

O clima na cidade segue com variação de nuvens e temperaturas agradáveis, ideal para atividades ao ar livre

Descrição da imagem

Cidades • 15:22h • 22 de novembro de 2024

Maracaí promove testes rápidos de HIV e ISTs com a campanha Novembro e Dezembro Vermelho

Ação visa conscientizar a população e incentivar a realização de exames para o diagnóstico precoce das doenças

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 15:01h • 22 de novembro de 2024

Concursos podem ter 30% das vagas para negros, indígenas e quilombolas

Medida aprovada pela Câmara segue agora para o Senado

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 14:40h • 22 de novembro de 2024

Yoga ao ar livre no Parque Buracão: conecte-se com o corpo e a natureza

No domingo, 24 de novembro, acontece a edição do mês, com aula gratuita e aberta ao público, para todos os níveis de prática