Responsabilidade Social • 18:48h • 23 de setembro de 2025
Ética digital é base para um ambiente on-line seguro para crianças e adolescentes; entenda o conceito
Relatório aponta que mais da metade dos adolescentes brasileiros já sofreu violência sexual na internet, reforçando a importância da supervisão e da educação digital
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do ChildFund Brasil | Foto: Divulgação

Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, em que a internet oferece lazer, estudo e informação, mas também expõe crianças e adolescentes a riscos graves. Entre eles estão o cyberbullying, o assédio, a exploração sexual e o uso indevido de dados pessoais. Nesse cenário, a ética digital, conjunto de valores e comportamentos responsáveis no ambiente on-line, surge como uma ferramenta essencial para tornar a convivência virtual mais segura.
Segundo o Mapeamento dos Fatores de Vulnerabilidade de Adolescentes Brasileiros na Internet, lançado pelo ChildFund, mais de 9 milhões de adolescentes já sofreram violência sexual on-line. A pesquisa também mostrou que 78% dos hobbies dos jovens estão ligados ao ambiente digital, com um tempo médio de quatro horas conectados por dia fora da escola, principalmente pelo celular.
Mauricio Cunha, presidente executivo do ChildFund Brasil, destaca que a supervisão parental e a informação são fundamentais. “Hoje é impossível imaginar uma infância sem telas. O papel dos adultos é garantir que o acesso seja feito com segurança e responsabilidade”, explica.
Iniciativas de conscientização
O ChildFund tem investido em campanhas e parcerias para fortalecer a proteção on-line. Entre elas está “Os Monstros na Internet São Reais”, lançada em seis países da América Latina, com vídeos educativos e materiais de apoio para identificar e prevenir ameaças digitais. Além disso, cidades como Belo Horizonte, Macapá e Vitória da Conquista já oferecem conteúdos de letramento digital a crianças e adolescentes, ajudando-os a entender como agir diante de situações de risco.
Para Águeda Barreto, especialista em advocacy do ChildFund, a educação digital deve ir além do uso de ferramentas. “É preciso ensinar como denunciar casos de violência, como não compartilhar dados pessoais e como reconhecer situações de risco”, afirma.
Dicas para pais, responsáveis e usuários
Pais e responsáveis:
- Não criem perfis em nome das crianças.
- Se houver contas próprias, mantenham no modo privado e monitorem o uso.
- Evitem publicar fotos em situações íntimas ou de vulnerabilidade.
- Protejam dados escolares, como uniforme ou endereço.
- Definam horários para o uso da internet.
- Utilizem ferramentas de controle parental.
Para todos os usuários:
- Evitem compartilhar informações pessoais, como telefone e endereço.
- Sejam criteriosos ao curtir ou compartilhar conteúdos.
- Equilibrem o tempo on-line com atividades fora das telas.
- Denunciem cyberbullying, assédio ou perfis suspeitos.
- Não interajam com contas falsas.
A combinação de informação, supervisão e ética digital pode transformar a internet em um espaço mais seguro e saudável, reduzindo os riscos e fortalecendo a convivência de crianças e adolescentes em um ambiente cada vez mais tecnológico. O ChildFund oferece o curso "Safe Chlid" gratuitamente, disponível aqui.
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