Ciência e Tecnologia • 17:19h • 15 de junho de 2024
Estudo revela proteína que ajuda o coronavírus a escapar do sistema imunológico
Descoberta oferece novas perspectivas em imunoterapia e combate a infecções, destaca Fapesp
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação
Uma pesquisa liderada por cientistas de instituições renomadas, como Harvard e Unicamp, identificou uma proteína crucial, chamada ORF6, que ajuda o SARS-CoV-2 a evitar a detecção pelo sistema imunológico.
Publicado na revista Cell, o estudo representa um avanço significativo na imunoterapia e no entendimento das estratégias do vírus para escapar da imunidade citotóxica.
Principais descobertas
Os pesquisadores descobriram que o SARS-CoV-2 consegue diminuir os vestígios que apontam para sua presença dentro das células, perturbando certas proteínas na superfície das células infectadas.
Esse processo reduz a interação com linfócitos, células do sistema imunológico responsáveis por combater o vírus.
Proteína ORF6 e imunidade
A proteína ORF6, conservada entre os sarbecovírus, participa ativamente da remoção de sinalizadores de células infectadas, como o MIC-A/B. Esse mecanismo facilita a permanência do vírus no organismo.
Quando esses sinalizadores foram protegidos com um anticorpo específico, as células de defesa (natural killers) tiveram mais sucesso em destruir as células infectadas.
Participação brasileira
O estudo contou com a colaboração de pesquisadores brasileiros da Unicamp, que contribuíram com estratégias e dados clínicos essenciais para a pesquisa.
Amostras coletadas no Hospital de Clínicas da Unicamp foram fundamentais para validar os dados do estudo, mostrando a importância da pesquisa integrada com hospitais.
Novas frentes de pesquisa
A descoberta abre novas frentes de investigação no campo das terapias antivirais.
O anticorpo monoclonal 7C6, capaz de impedir a eliminação de MIC-A/B, mostrou-se eficaz para conter a estratégia de evasão imunológica do coronavírus. Isso pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos que fortalecem o sistema imunológico e combatem infecções virais.
Potencial para futuras terapias
A pesquisa sugere que a abordagem utilizando o anticorpo 7C6 pode não apenas eliminar células infectadas, mas também aumentar a coestimulação dos linfócitos do sistema imunológico adaptativo, oferecendo uma estratégia promissora para futuras terapias antivirais.
Com a continuidade dos estudos, incluindo testes in vivo em modelos animais transgênicos, a aplicabilidade clínica dessa estratégia pode ser avaliada, abrindo caminho para novos tratamentos contra o coronavírus e outras infecções virais.
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