Saúde • 14:06h • 08 de dezembro de 2025
Estudo revela preferência por terapias injetáveis entre pessoas com HIV sem tratamento prévio
Pesquisa apresentada na IAS 2025 aponta preferência pelo regime de longa ação, motivada pela praticidade e pela redução do risco de esquecer doses diárias
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
Um novo estudo de fase IIIb apresentado na Conferência da Sociedade Internacional de AIDS (IAS 2025), em Kigali, mostrou que 89% das pessoas vivendo com HIV que ainda não estavam em tratamento optaram por migrar para o regime injetável de longa ação Vocabria + Rekambys após atingirem rápida supressão viral com o comprimido diário Dovato. Os dados foram divulgados pela ViiV Healthcare, que lidera pesquisas em prevenção e tratamento para HIV.
A análise avaliou participantes que iniciaram o tratamento com dolutegravir/lamivudina e alcançaram supressão viral em tempo mediano de pouco mais de quatro semanas. Após essa etapa, eles receberam a opção de trocar para as injeções aplicadas a cada dois meses. Dos elegíveis, 129 escolheram o regime de longa ação e 16 preferiram continuar com o comprimido diário. Os principais motivos citados para a troca foram não precisar lembrar da medicação todos os dias e evitar carregar comprimidos.
Estudos de vida real reforçam a efetividade e a adesão ao regime injetável. Pesquisas conduzidas nos Estados Unidos, na Alemanha e em países europeus mostram taxas de supressão viral superiores a 97% após meses de acompanhamento, com relatos de maior satisfação dos pacientes e baixa incidência de falhas virológicas confirmadas.
Na conferência, pesquisadores destacaram que a possibilidade de ajustar o tratamento às necessidades e preferências individuais amplia as alternativas terapêuticas. A ViiV e a GSK, que participaram dos debates, ressaltaram que a diversificação de regimes pode contribuir para adesão sustentada e melhores resultados clínicos ao longo do tempo.
O debate na IAS 2025 reforçou a importância de ampliar o acesso a terapias eficazes, incluindo opções de longa duração que se adaptem à rotina das pessoas vivendo com HIV. Especialistas apontaram que regimes injetáveis podem ser especialmente relevantes para grupos que enfrentam dificuldades com o uso diário de medicamentos ou barreiras específicas relacionadas à adesão.
O Vocabria + Rekambys combina cabotegravir e rilpivirina e é indicado para pessoas virologicamente controladas, sem histórico de falha terapêutica ou resistência conhecida aos medicamentos. A combinação atua em etapas distintas do ciclo viral, impedindo a integração do DNA do HIV às células e bloqueando a ação da transcriptase reversa. O regime já foi aprovado pela Anvisa e deve estar disponível no Brasil em 2026.
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