Saúde • 10:53h • 24 de outubro de 2025
Estudo mostra que dieta tradicional brasileira e café estão ligados a melhor saúde
Pesquisa da Fiocruz, USP e universidades federais revela que arroz e feijão, frutas e café ajudam a reduzir doenças, enquanto sal, ultraprocessados e álcool aumentam riscos
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Fiocruz | Foto: Arquivo Âncora1
Um estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz, da USP e de universidades federais de Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul revelou como diferentes hábitos alimentares afetam a saúde dos brasileiros. O boletim especial do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (Elsa-Brasil) mostra que seguir uma alimentação tradicional, com arroz, feijão, frutas, verduras, castanhas e peixes, está associado à redução de peso e gordura corporal ao longo do tempo.
Por outro lado, o consumo de sal continua muito acima do recomendado: a média foi de 11 gramas por dia, mais que o dobro do limite indicado pela Organização Mundial da Saúde. Homens consomem quase 40% mais sal que mulheres.
Os pesquisadores também observaram que alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, biscoitos, embutidos e salgadinhos, aumentam o risco de obesidade, diabetes, hipertensão e depressão. Quem consome um copo de refrigerante por dia tem até 23% mais chance de desenvolver doenças crônicas.
Entre os hábitos protetores, o café se destacou: tomar de duas a três xícaras pequenas por dia reduz o risco de diabetes e hipertensão, além de melhorar a memória em pessoas mais velhas. O consumo moderado de laticínios, especialmente os desnatados, também foi associado a menor risco de doenças cardiovasculares.
O levantamento mostrou ainda que metade dos participantes consome bebidas alcoólicas com frequência, sendo a cerveja a mais popular. O excesso de álcool, no entanto, aumentou o risco de hipertensão, obesidade abdominal e triglicerídeos altos.
Os resultados reforçam a importância de políticas públicas que incentivem o consumo de alimentos frescos e naturais, reduzam o uso de sal e álcool e desestimulem os ultraprocessados. Segundo os pesquisadores, pequenas mudanças na alimentação podem contribuir para uma vida mais longa e saudável.
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