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Saúde • 12:38h • 02 de junho de 2025

Estudo aponta uso de nanopartículas de prata contra a Covid-19

Estudo em hamsters abre caminho para o desenvolvimento de spray nasal e outros produtos para o combate a diversas doenças virais, entre elas HIV/Aids, herpes-zóster e gripe

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

Os pesquisadores verificaram que as nanopartículas de prata previnem a ativação do inflamassoma – complexo proteico existente nas células responsável pela resposta imunológica excessiva (tempestade de citocinas) na Covid-19 grave.
Os pesquisadores verificaram que as nanopartículas de prata previnem a ativação do inflamassoma – complexo proteico existente nas células responsável pela resposta imunológica excessiva (tempestade de citocinas) na Covid-19 grave.

Pesquisadores brasileiros descobriram que nanopartículas de prata produzidas pelo fungo Trichoderma reesei têm potencial para prevenir e tratar a Covid-19. Em testes com hamsters, as partículas foram capazes de impedir a infecção e reduzir a carga viral nos pulmões, além de aliviar a inflamação — um dos sintomas mais graves da doença.

O estudo, apoiado pela Fapesp e publicado na revista Current Research in Biotechnology, abre caminho para o desenvolvimento de produtos como sprays nasais e desinfetantes contra vírus como o HIV, herpes-zóster e o da gripe.

As nanopartículas de prata interessam à indústria farmacêutica por sua capacidade de se ligar a proteínas. Dependendo do tamanho e formato, elas se conectam a essas moléculas e impedem que doenças avancem. No caso do coronavírus, análises computacionais mostraram que as partículas desenvolvidas em laboratório conseguem se fixar na proteína spike — a “chave” usada pelo vírus SARS-CoV-2 para invadir as células humanas. Com isso, as nanopartículas reduziram em 50% a entrada do vírus nas células.

Além da prevenção, os testes em animais mostraram outro benefício importante: as partículas ajudaram a conter a inflamação pulmonar aguda, uma das principais complicações da Covid-19. Segundo o professor Roberto do Nascimento Silva, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, o resultado indica que as nanopartículas podem funcionar também como tratamento para a doença.

Os cientistas observaram que as partículas inibem a ativação do inflamassoma — complexo celular ligado à chamada "tempestade de citocinas", uma resposta inflamatória exagerada que ocorre nos casos graves de Covid-19. 

Apesar de ainda serem necessários mais estudos para entender exatamente como a resposta inflamatória é inibida, os pesquisadores acreditam que as nanopartículas ajudam a minimizar os danos causados pela infecção.

A produção das partículas de prata foi feita a partir do fungo T. reesei, amplamente usado na indústria para transformar celulose em glicose. Em laboratório, o fungo é cultivado com pouco oxigênio, o que faz com que produza enzimas redutoras — como uma biofábrica natural. Essas enzimas transformam a prata metálica em nanopartículas esféricas. As proteínas presentes no meio de cultivo ainda atuam como estabilizantes, controlando o tamanho e a forma das partículas.

A principal vantagem desse método é ser sustentável: evita o uso de produtos químicos tóxicos e permite a produção de partículas que podem ser aplicadas em sprays nasais, desinfetantes, revestimentos antimicrobianos e dispositivos médicos.

“O foco inicial era desenvolver um tratamento para câncer de mama com as nanopartículas, mas durante a pandemia voltamos nossas atenções para o coronavírus. A tecnologia é promissora e já está sendo testada também contra o HIV e o vírus do herpes”, explica o professor Silva, que lidera a pesquisa em parceria com cientistas da Fiocruz, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade de Brasília (UnB).

Apesar do custo elevado da prata, o pesquisador afirma que o processo pode ser escalado e se tornar economicamente viável. “Usamos uma dose dez vezes menor que o limite considerado tóxico, e o organismo consegue eliminar o metal em até oito semanas. O custo-benefício é vantajoso”, avalia.

O próximo passo é patentear uma formulação farmacêutica e dar início aos testes clínicos.

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