Ciência e Tecnologia • 13:44h • 16 de fevereiro de 2025
Estudo alerta: uso excessivo de IA pode atrofiar o pensamento crítico no trabalho
Pesquisadores da Microsoft e Carnegie Mellon revelam que a dependência de inteligência artificial reduz a diversidade de respostas e habilidades analíticas
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa | Foto: Divulgação

Um estudo recente realizado por pesquisadores da Microsoft em colaboração com a Carnegie Mellon University sugere que a crescente dependência de ferramentas de inteligência artificial (IA) no ambiente de trabalho pode estar comprometendo o pensamento crítico dos profissionais. A pesquisa, envolvendo 319 trabalhadores do conhecimento, revelou que a confiança excessiva nas capacidades da IA está levando à atrofia das habilidades de julgamento e análise, essenciais para a resolução de problemas complexos e situações inesperadas.
Os participantes do estudo compartilharam 936 relatos detalhados sobre como aplicam a IA generativa em suas atividades diárias e responderam a questionários que avaliavam sua confiança nas ferramentas de IA, a capacidade de avaliar as respostas geradas pela IA e a habilidade de executar tarefas sem o auxílio da tecnologia. Os resultados indicaram que quanto maior a dependência da IA para realizar tarefas específicas, menor era o engajamento dos trabalhadores em processos de pensamento crítico.
Encontrando o equilíbrio entre tecnologia e habilidade humana
Um dos achados mais significativos foi que os usuários de IA tendem a oferecer respostas menos variadas para as mesmas tarefas quando comparados àqueles que não utilizam essas ferramentas tecnológicas. Isso sugere que a IA pode estar limitando a capacidade dos trabalhadores de pensar "fora da caixa" e analisar contextos de forma mais ampla.
No entanto, a pesquisa também destacou que o nível de pensamento crítico pode variar de acordo com o contexto de trabalho. Em ambientes onde as consequências de erros são mais significativas, como na área da saúde, os profissionais tendem a ser mais meticulosos na validação das respostas fornecidas pela IA. Por outro lado, em tarefas rotineiras ou de menor risco, a tendência é a automatização completa, sem revisão crítica significativa.
IA: entre a ajuda e a substituição
Os resultados desse estudo ressoam com debates históricos sobre o impacto das tecnologias na cognição humana — de preocupações antigas expressas por Sócrates sobre a escrita até críticas modernas sobre dispositivos digitais e calculadoras. O desafio não é a tecnologia em si, mas como ela é integrada ao cotidiano das pessoas.
Para combater os efeitos potencialmente negativos da IA, os especialistas recomendam o desenvolvimento de ferramentas que promovam o pensamento crítico, incluindo funcionalidades que expliquem os processos de decisão da IA, sugiram refinamentos nas respostas e ofereçam mecanismos para a validação cruzada de informações com fontes confiáveis.
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