Educação • 13:10h • 04 de novembro de 2025
Estratégia ou sorte? Saiba quando o “chute” pode prejudicar a nota no Enem
Correção da prova usa a metodologia TRI, que avalia a coerência das respostas e pode identificar acertos por sorte, explica professor
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
Com o Enem 2025 marcado para os próximos domingos, 9 e 16 de novembro, uma das dúvidas mais recorrentes entre os candidatos volta à tona: será que vale a pena chutar nas questões que não sabem ou não conseguem resolver a tempo?
A resposta depende da Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia usada pelo Inep para corrigir as provas. Diferente de um sistema simples de acertos e erros, a TRI atribui pesos diferentes às questões, levando em conta o padrão de coerência no desempenho do estudante.
“A TRI busca identificar se o aluno realmente domina o conteúdo ou se acertou por sorte, o famoso ‘chute’. Por isso, antes de adotar essa estratégia, é importante entender como o sistema funciona”, explica Michel Arthaud, professor de Química e diretor da Plataforma Professor Ferretto, canal 100% online de preparação para o Enem e vestibulares.
Como a TRI afeta a nota final
No Enem, a TRI analisa o comportamento de respostas do estudante. Se o candidato acerta as questões mais fáceis e médias, mas erra as mais difíceis, o sistema considera o desempenho consistente e atribui uma nota condizente.
Por outro lado, se o estudante acerta uma questão difícil e erra várias fáceis, o sistema entende que esse acerto pode ter sido um golpe de sorte, reduzindo o peso daquela questão na nota final. “Por isso, chutar pode não ser uma boa estratégia, especialmente em perguntas de nível mais alto. O ideal é eliminar alternativas improváveis, aumentando as chances de acerto sem comprometer a coerência da prova”, reforça Michel.
Estratégia de eliminação de alternativas
A técnica de eliminação de alternativas consiste em identificar pistas no enunciado e descartar opções menos prováveis, mesmo sem total certeza da resposta correta. Essa abordagem ajuda a manter um padrão de respostas mais coerente para o algoritmo da TRI.
“Ao aplicar a eliminação, o candidato mantém um padrão de respostas coerente, o que é essencial para a TRI. O foco deve estar nas questões em que o conhecimento é mais sólido, usando essa técnica apenas nas demais”, recomenda o professor.
Estratégia e coerência são o segredo
Compreender o funcionamento da TRI e adotar estratégias conscientes pode fazer toda a diferença no desempenho final. “Em vez de apostar no acaso, usar métodos como a eliminação de alternativas aumenta as chances de sucesso e garante uma nota mais fiel ao real nível de conhecimento do aluno”, conclui Michel Arthaud.
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