Saúde • 18:39h • 17 de novembro de 2025
Empresas investem em estímulos sensoriais para cuidar da saúde emocional das equipes
Estudos recentes mostram redução da ansiedade e melhora da clareza mental em ambientes corporativos que adotam óleos essenciais com orientação técnica
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
Um estudo internacional publicado em 2023 avaliou 90 participantes em escritórios e identificou que o uso monitorado de óleo essencial de lavanda reduziu significativamente a ansiedade durante tarefas cognitivas, reforçando o potencial da aromaterapia como recurso para melhorar o bem-estar emocional e o desempenho no ambiente de trabalho.
O estudo analisou um dispositivo inteligente de aromaterapia conectado a sensores vestíveis, capaz de liberar aroma conforme variações fisiológicas de ansiedade. Os resultados apontaram que, quando aplicada com base científica, a aromaterapia pode ajudar na regulação emocional, na redução da tensão e na melhora da percepção de qualidade de vida dos colaboradores.
A Dra. Talita Pavarini, doutora em Enfermagem pela USP e referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, afirma que a aromaterapia no universo corporativo exige protocolos seguros, conduzidos por profissionais qualificados. Ela atua em formação de enfermeiros, cursos de técnicas aromáticas e consultorias para ambientes que desejam investir em humanização.

Bem-estar como estratégia organizacional
A adoção de práticas sensoriais acompanha um movimento maior das empresas que buscam reduzir absenteísmo, presenteísmo e ampliar o engajamento. Aromas como hortelã-pimenta, lavanda e limão-siciliano, quando usados em difusores ou espaços de pausa, ativam sistemas sensoriais e límbicos relacionados a relaxamento, foco e regulação emocional.
Talita reforça que transformar o ambiente corporativo em um espaço de cuidado sensorial influencia diretamente a experiência interna. Para ela, quando o ambiente comunica que o colaborador importa, a resposta aparece na produtividade e no clima organizacional.
Aplicações práticas para equipes presenciais e híbridas
Entre as estratégias sugeridas estão sessões breves de inalação guiada, difusão intermitente de aromas em áreas de convivência e uso de inaladores pessoais para colaboradores em home office. Pesquisas sobre clima organizacional indicam que a melhora da interação entre equipes está ligada à redução do estresse e ao fortalecimento de recursos cognitivos de colaboração.
A aromaterapia é tradicionalmente associada ao alívio de tensão muscular, melhora do sono e regulação de sintomas de ansiedade ou irritabilidade. No ambiente corporativo, esses efeitos se traduzem em mais concentração, decisões mais ágeis e menos fadiga mental ao longo do expediente. Talita observa que resultados consistentes dependem de protocolos de diluição, controle ambiental e respeito às particularidades de cada profissional.
Cautela e capacitação fazem parte do processo
Para garantir segurança, empresas devem contar com profissionais especializados e utilizar óleos essenciais de qualidade terapêutica, com origem certificada. A atenção é ainda maior quando há colaboradores com alergias, sensibilidade respiratória ou gestantes. Talita alerta que o uso indiscriminado pode gerar desconforto ou irritação e que a técnica precisa de responsabilidade e conhecimento específico.
Aromas, limpeza e a sensação de acolhimento
A busca por ambientes sensorialmente agradáveis acompanha um efeito já conhecido: espaços limpos e bem cuidados geram sensação de bem-estar. O cheiro de limpeza costuma trazer conforto, ainda que de forma inconsciente. Nesse contexto, a aromaterapia atua como extensão desse princípio, unindo estímulos olfativos e cuidado emocional, reforçando a ideia de que ambiente saudável é também ambiente produtivo.
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