Economia • 12:08h • 10 de abril de 2025
Empresários do setor de alimentação apostam no feriadão de Páscoa para equilibrar as finanças
Com o feriado prolongado da Páscoa, empresários do setor alimentício veem oportunidade para equilibrar as contas após desafios financeiros enfrentados no início do ano
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Divulgação

A Páscoa de 2025 promete trazer um alívio financeiro para bares e restaurantes, que enfrentam um cenário desafiador devido ao aumento de custos e dificuldades financeiras. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em março, 71% dos empresários do setor esperam ver um aumento no faturamento durante o feriado prolongado de abril, em comparação com a Semana Santa do ano passado. A maioria dos empresários (40%) acredita que o aumento será de 5% a 20%.
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, destacou a importância da data para a recuperação do setor. "Apesar dos desafios que o setor ainda enfrenta, com mais de dois terços das empresas operando sem lucro, as datas sazonais, como o feriado prolongado da Páscoa, representam oportunidades de fortalecimento para muitas empresas que estão no limite", afirmou.
A pesquisa também revelou que, embora o cenário continue desafiador, especialmente após um fevereiro difícil, há sinais de recuperação. Em fevereiro, 30% dos estabelecimentos operaram com lucro, enquanto 30% fecharam o mês com prejuízo e 39% mantiveram o equilíbrio. Comparado a janeiro, onde o setor estava em uma situação mais favorável, o mês de fevereiro trouxe uma piora no desempenho financeiro. Contudo, a expectativa é que março tenha sido um mês melhor, impulsionado pelo Carnaval, e que a tendência positiva se mantenha com a chegada do feriado de Páscoa e outros eventos como o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.
O levantamento também abordou o impacto da inflação nos preços praticados pelos restaurantes. Com o aumento dos custos operacionais, 32% dos estabelecimentos não conseguiram reajustar os preços de seus cardápios. Outros 59% conseguiram fazer ajustes que acompanharam ou ficaram abaixo da inflação, enquanto apenas 9% aumentaram seus preços acima desse índice.
Além disso, o nível de endividamento do setor é motivo de preocupação. A pesquisa apontou que 39% dos bares e restaurantes possuem dívidas em atraso, sendo os impostos federais (74%), estaduais (52%) e empréstimos bancários (37%) os principais débitos. Solmucci comentou sobre esse cenário: "Um dos maiores desafios tem sido equilibrar as finanças sem afastar os clientes. Muitos empresários evitam reajustes para não perder movimento, mas ao mesmo tempo, enfrentam dívidas e custos crescentes. Esse cenário torna os feriados prolongados essenciais para que os negócios possam superar esse período difícil e se recuperar".
A expectativa é que o feriadão de Páscoa represente uma oportunidade importante para os bares e restaurantes, possibilitando que eles atinjam um desempenho acima da média e comecem a reequilibrar as finanças após um início de ano complicado.
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