Saúde • 18:36h • 04 de setembro de 2025
Doença pouco conhecida e sintomas silenciosos: 8 sinais que podem indicar lipedema
Doença crônica e pouco diagnosticada afeta até 12% das mulheres brasileiras e é frequentemente confundida com obesidade ou celulite
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Sensação de peso nas pernas, hematomas frequentes e inchaço persistente são alguns sinais que podem indicar lipedema, uma condição crônica, inflamatória e progressiva reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apenas em 2019. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a doença pode afetar até 12% das mulheres brasileiras, mas segue pouco conhecida e frequentemente confundida com obesidade, celulite ou linfedema.
O lipedema se caracteriza pelo acúmulo desproporcional e doloroso de gordura, principalmente em pernas, coxas, quadris e braços, enquanto pés e mãos permanecem preservados. Por se manifestar com sintomas sutis, é muitas vezes tratado como um problema estético, o que leva a diagnósticos errados e terapias ineficazes.
De acordo com a fisioterapeuta Mariana Milazzotto, mestre em Ciências Médicas, os sinais aparecem em estágios iniciais e devem ser observados com atenção. Reconhecer o quadro precocemente é fundamental para evitar tratamentos inadequados e o agravamento da doença.
Os 8 sintomas mais comuns do lipedema
- Sensação de peso nas pernas: como se houvesse tornozeleiras invisíveis.
- Dor e hipersensibilidade: gordura dolorida ao toque, comprometendo o sono e tarefas diárias.
- Hematomas frequentes: manchas roxas após pequenos traumas ou sem motivo aparente.
- Inchaço persistente: edema que varia ao longo do dia, piorando em pé.
- Pele irregular e nódulos palpáveis: textura granulada, com caroços visíveis ou ao toque.
- Pés e mãos preservados: contraste nítido entre áreas afetadas e normais.
- Piora em fases hormonais: sintomas intensificados na puberdade, gravidez, uso de anticoncepcionais e menopausa.
- Desproporção corporal resistente: gordura que não responde a dietas ou exercícios.
O diagnóstico é clínico, feito por meio de avaliação criteriosa e da exclusão de outras doenças. Segundo a Sociedade Internacional de Linfologia (ISL), mais de 80% das mulheres com lipedema não sabem que têm a condição, o que gera atrasos no tratamento e impacto emocional significativo.
Especialistas reforçam que procurar profissionais capacitados é essencial para garantir uma escuta qualificada e evitar cirurgias ou dietas que não resolvem o problema. Como a doença é progressiva, identificar os sintomas cedo pode reduzir sofrimento físico e emocional e melhorar a qualidade de vida das pacientes.
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