Saúde • 16:20h • 27 de fevereiro de 2025
"Doença do beijo" no Carnaval: o que você precisa saber sobre a mononucleose
Transmitida pela saliva contaminada, a mononucleose exige cuidados especiais durante a folia para evitar contágios e complicações de saúde
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa VFR | Foto: Divulgação

O Carnaval está chegando, e com ele a expectativa por dias de folia, dança e diversão. Mas enquanto todos se preparam para aproveitar ao máximo a festa, é importante não esquecer da saúde, especialmente quando se trata da mononucleose, conhecida popularmente como a "doença do beijo".
A mononucleose é uma infecção viral transmitida, principalmente, pela saliva de pessoas infectadas, o que a torna facilmente transmissível durante as grandes aglomerações do Carnaval, como blocos de rua e festas lotadas. A infecção é causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr, mas também pode ser provocada por outros agentes, como o citomegalovírus e o toxoplasma.
De acordo com o infectologista Fernando de Oliveira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi, a mononucleose é mais comum entre adolescentes e jovens adultos, com idades entre 15 e 25 anos. "Os sintomas incluem fadiga intensa, febre, dor de garganta, placas na garganta, dores no corpo e cefaleia", explica o especialista.
Nos primeiros dias, a doença pode ser confundida com outras infecções virais, mas o surgimento de gânglios inchados, especialmente no pescoço, e manchas na pele são indicativos de mononucleose. Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, em alguns casos raros, a doença pode levar a inflamações no fígado, baço e até mesmo a rupturas no baço ou problemas cardíacos e neurológicos.
O diagnóstico da doença requer uma avaliação médica e exames laboratoriais. "Como não há tratamento específico, o que se faz é controlar os sintomas, com repouso, boa hidratação e uso de analgésicos", afirma o médico. Em alguns casos, corticoides podem ser prescritos para aliviar a inflamação.
A prevenção é fundamental, e medidas simples podem reduzir o risco de contágio, como evitar o contato direto com a saliva de pessoas infectadas e não compartilhar copos, talheres ou outros objetos pessoais. Manter a higiene das mãos e fortalecer o sistema imunológico com uma alimentação equilibrada, boa hidratação e descanso adequado também são formas de prevenção.
Além da mononucleose, o Carnaval exige atenção para outras doenças, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e gripes. "Para aproveitar a festa com saúde e segurança, adote medidas preventivas e, caso apresente sintomas, evite o contato com outras pessoas e procure atendimento médico", orienta o infectologista.
O Carnaval é um momento de celebração, mas cuidar da saúde é essencial para garantir que todos possam curtir a folia de maneira segura e sem imprevistos.
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