Dinheiro do lanche ao chão: como apostas estão enganando uma geração de jovens

O acesso irrestrito às plataformas de apostas esportivas e jogos de azar tem seduzido adolescentes em todo o Brasil. Muitos, mesmo sem permissão legal para jogar, acabam perdendo dinheiro do lanche, da condução escolar e até verbas destinadas a cursos e compromissos familiares, alimentando um ciclo de perda financeira e emocional. O que parecia ser uma chance de lucro rápido, se transforma em frustração e vício.

Impulsionados por influenciadores digitais que promovem apostas como um estilo de vida de sucesso, muitos adolescentes entram nesse universo sem qualquer preparo. Mesmo com a proibição legal para menores de 18 anos, os jogos estão a poucos cliques de distância e, frequentemente, associados a prêmios, ostentação e uma falsa sensação de controle.

Na contramão desse cenário, a jovem Malu Lira, de apenas 15 anos, se tornou uma referência ao fundar o projeto “Malu Finanças na Escola”. Com mais de 15 livros publicados sobre educação financeira para crianças e adolescentes, Malu alerta que a raiz do problema está na falta de orientação e no apelo emocional das promessas irreais. “Quem aposta não está em busca só de dinheiro, mas de solução para problemas reais. O problema é que isso só aprofunda a dor.”

Malu também critica influenciadores que minimizam a responsabilidade sobre o impacto que causam. Segundo ela, educação é a única forma de frear esse ciclo. Em suas palestras, ela ensina que é possível investir mesmo com pouco, que guardar dinheiro é um ato de resistência e que dignidade financeira é construída com paciência e conhecimento.

Diante de uma realidade cada vez mais conectada, a história de Malu Lira mostra que jovens também podem ser protagonistas da mudança desde que tenham acesso à informação certa. Conheça aqui o projeto.