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Saúde • 08:57h • 24 de julho de 2025

Diagnóstico rápido de infarto criado por engenheiro pode salvar vidas e reduzir custos na saúde

Solução detecta a troponina cardíaca (o biomarcador de referência para infarto) em tempo muito inferior ao dos exames de sangue laboratoriais

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Divulgação

A Cor.Sync criou um teste rápido ‘point of care’, com coeficiente de variação de cerca de 6% de erro, de acordo com testes preliminares
A Cor.Sync criou um teste rápido ‘point of care’, com coeficiente de variação de cerca de 6% de erro, de acordo com testes preliminares

Em 2016, Raul de Macedo Queixada, então com 25 anos, deu entrada na emergência de um hospital com fortes dores no peito. A suspeita era de infarto causado por estresse e ansiedade,  algo confirmado apenas cinco horas depois, com os primeiros resultados de exames. Ele só recebeu alta após oito horas de espera.

Formado em engenharia mecatrônica e atuando desde 2012 na área de dispositivos médicos, Queixada enxergou na própria experiência uma falha grave no sistema de saúde: o tempo excessivo para diagnosticar uma doença que exige resposta rápida. A inquietação virou tema de pesquisa e, mais tarde, de um mestrado em engenharia biomédica. Com apoio do programa PIPE da FAPESP, nasceu a startup Cor.Sync.

A proposta da Cor.Sync é acelerar o diagnóstico de infarto com um exame rápido, feito no próprio local de atendimento (tecnologia chamada point of care), que detecta a troponina — principal marcador do infarto — em apenas oito minutos, com a mesma precisão de exames laboratoriais, que podem levar até cinco horas para ficarem prontos.

“O infarto é um evento agudo, muitas vezes causado por obstrução das artérias, e pode levar à morte em poucas horas. O diagnóstico rápido é fundamental”, explica Queixada. Segundo ele, cerca de 62% das mortes por infarto no Brasil acontecem dentro dos hospitais, muitas vezes por conta da demora no diagnóstico. “É nesse ponto que a gente pode ajudar.”

A solução da startup reúne um dispositivo físico e um software inteligente que cruza os dados do exame de sangue com o perfil clínico do paciente. O sistema considera fatores como sexo, sintomas atípicos e outros dados importantes, simulando a avaliação de um cardiologista experiente — mesmo quando esse profissional não está disponível.


A Cor.Sync criou um teste rápido ‘point of care’, com coeficiente de variação de cerca de 6% de erro, de acordo com testes preliminares (foto: divulgação)

Atualmente, a tecnologia da Cor.Sync está em fase final de testes pré-clínicos. Os estudos clínicos — necessários para aprovação pela Anvisa — devem começar ainda este ano. A expectativa é que o teste esteja disponível para uso em hospitais a partir de 2026.

Além de salvar vidas, o exame tem potencial para reduzir custos do SUS e de planos de saúde. Isso porque o diagnóstico precoce diminui o risco de complicações como insuficiência cardíaca, que exigem tratamento contínuo e hospitalizações frequentes.

Segundo Queixada, a startup ainda pretende ampliar sua atuação com diagnósticos rápidos para outras doenças. “Desenvolvemos uma plataforma versátil, que pode ser adaptada para detectar diferentes biomarcadores e patógenos. Estamos apenas no começo.”

O nome da empresa resume bem essa missão: “Cor” vem do latim para “coração”, e “Sync”, de sincronia. “Queremos estar em sincronia com o tempo que o coração precisa”, conclui o engenheiro.

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