Saúde • 13:37h • 24 de maio de 2025
Diagnóstico de Joe Biden reforça importância do exame de próstata após os 50 anos
Aos 82 anos, ex-presidente dos EUA enfrenta tumor com metástase óssea; especialistas explicam riscos, sintomas e tratamento da doença que atinge milhares de brasileiros
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Oncoclínicas&Co | Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi diagnosticado com um câncer de próstata agressivo, conforme comunicado oficial divulgado neste mês de maio. Aos 82 anos, Biden apresentou sintomas urinários que o levaram a procurar atendimento médico. Os exames revelaram um nódulo prostático com escore de Gleason 9, indicando alto grau de agressividade, e metástase óssea, um sinal de que a doença já se espalhou para outras partes do corpo, como os ossos.
Apesar da gravidade do caso, há uma perspectiva de resposta positiva ao tratamento, já que o tumor demonstrou sensibilidade hormonal, o que amplia as possibilidades terapêuticas.
Entenda o câncer de próstata
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens brasileiros, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Entre 2023 e 2025, o Brasil deve registrar mais de 71 mil novos casos por ano, sendo que a maior parte dos diagnósticos ocorre em homens acima de 65 anos.
A próstata é uma glândula que participa da produção do sêmen, e está localizada abaixo da bexiga. Quando alterada, pode provocar sintomas como:
• Dificuldade para urinar
• Sangue na urina
• Dor óssea (em casos de metástase)
• Problemas renais em estágios mais avançados
O Dr. Denis Jardim, líder da área de tumores urológicos da Oncoclínicas&Co, alerta que o câncer de próstata costuma ser silencioso em seus estágios iniciais, tornando o rastreamento essencial. "Os exames de PSA e toque retal devem ser realizados anualmente a partir dos 50 anos, ou antes, em homens com histórico familiar", afirma.
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico de Joe Biden, embora em estágio avançado, evidencia a importância da atenção médica preventiva. O exame de PSA, aliado ao toque retal e, em casos suspeitos, à biópsia, pode levar a um diagnóstico precoce, aumentando as chances de cura.
Dr. Jardim ainda destaca que mutações genéticas como BRCA1 e BRCA2, também associadas ao câncer de mama e ovário, podem elevar o risco de câncer de próstata em homens. Por isso, o histórico genético deve ser considerado em avaliações clínicas.
Quais são os tratamentos possíveis?
Para casos avançados como o de Biden, o bloqueio hormonal é a primeira linha terapêutica, já que o tumor responde à regulação de testosterona. Além disso, as estratégias incluem:
• Quimioterapia
• Radioisótopos – medicamentos inovadores que emitem radiação no osso
• Medicações antiandrogênicas
• Radioterapia localizada
“O importante é lembrar que mesmo nos casos com metástase, há tratamentos capazes de controlar a progressão da doença e garantir qualidade de vida ao paciente”, explica o oncologista.
Biden e o impacto público
O diagnóstico do ex-presidente, amplamente divulgado, tem potencial para provocar reflexões importantes sobre saúde pública e a prevenção de doenças masculinas. Assim como já ocorreu com outras figuras públicas que enfrentaram o câncer, a exposição pode servir de incentivo para que mais homens façam exames de rotina e procurem atendimento médico aos primeiros sinais.
Com os avanços da medicina e com o diagnóstico precoce, muitos casos de câncer de próstata podem ser tratados de forma eficaz. No entanto, a conscientização continua sendo a principal aliada na luta contra o tumor mais comum entre os homens.
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