Responsabilidade Social • 08:01h • 03 de julho de 2025
Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial reforça importância da educação antirracista
No Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, especialistas reforçam a importância de ambientes inclusivos e conscientes para bebês e crianças pequenas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da LC Comunicação | Foto: Divulgação/Papirus Editora

Combater o racismo não é tarefa apenas de adultos ou da escola formal, mas começa ainda no colo, nos primeiros anos de vida. No Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho), educadores e especialistas destacam a urgência de práticas antirracistas na primeira infância para formar gerações mais respeitosas e conscientes.
A educadora e doutora em Educação e Relações Étnico-Raciais Jussara Santos, no livro Democratização do colo: Educação antirracista para e com bebês e crianças pequenas (Papirus Editora), discute como o racismo estrutura relações desde os primeiros anos e como práticas educativas podem transformá-las. Segundo ela, reconhecer a presença do racismo nos espaços é o primeiro passo para combatê-lo. “A sociedade brasileira foi construída a partir do racismo. Considerar sua existência é o pontapé inicial para o fomento do antirracismo”, explica.
Entre as práticas sugeridas para famílias, cuidadores e educadores, está a criação de ambientes que representem todas as infâncias — com brinquedos, livros e imagens que incluam crianças negras, indígenas e de outras etnias, fortalecendo o sentimento de pertencimento.
Antirracismo na primeira infância: quatro práticas para construir um futuro mais justo | Divulgação: Papirus
Outra orientação essencial é usar palavras com respeito, evitando apelidos e eufemismos que reforçam estereótipos, e se posicionar contra comentários ou “piadas” racistas, ensinando desde cedo que o silêncio também perpetua preconceitos.
O cuidado e o afeto oferecidos sem estigmas são fundamentais para romper com práticas que desumanizam crianças negras. É preciso garantir o mesmo carinho, atenção e escuta para todos, evitando negligências que reproduzem o racismo no cotidiano.
Por fim, educar para a diversidade de tons e histórias inclui oferecer materiais que respeitem a pluralidade de cores de pele e narrativas, mostrando desde cedo que a identidade não é homogênea, mas múltipla e rica em origens.
Promover práticas antirracistas na primeira infância é um compromisso com a justiça social e com um futuro mais igualitário, em que todas as crianças cresçam respeitadas e conscientes de seu valor e de suas histórias.
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