Saúde • 17:15h • 09 de outubro de 2025
Dia Mundial da Visão: um alerta para a importância do cuidado ocular desde a infância
OMS estima que metade da população mundial poderá ter miopia até 2050; prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para evitar danos irreversíveis
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Trama Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Nesta quinta-feira, 9 de outubro, é celebrado o Dia Mundial da Visão, data que chama atenção para a importância da prevenção e do acompanhamento oftalmológico regular. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que projeta um cenário preocupante: até 2050, metade da população mundial poderá ter miopia.
No Brasil, segundo estimativas da OMS e do Ministério da Saúde, cerca de 25% da população já convive com o problema — o equivalente a 59 milhões de pessoas. Para Carlos Matos, vice-presidente da HOYA Vision Care na América Latina, “cuidar dos olhos é cuidar do futuro”. A empresa japonesa, referência global em tecnologia óptica, reforça que a prevenção deve estar no centro das políticas de saúde ocular.
Prevenção deve ser prioridade
De acordo com o médico oftalmologista Celso Cunha (CRM-MT 2934), consultor da HOYA, muitas doenças oculares evoluem de forma silenciosa e só são percebidas em estágios avançados. “A visita regular ao oftalmologista é fundamental, mesmo quando não há sintomas. Glaucoma, degeneração macular e alterações na retina podem ser detectados precocemente, evitando danos irreversíveis”, explica.
Ele lembra que a consulta oftalmológica vai além da prescrição de lentes. “O exame de fundo de olho, a medição da pressão ocular e a análise de possíveis sinais de catarata e glaucoma são etapas essenciais para manter a saúde visual em dia.”
Infância em foco
A atenção deve começar cedo. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica estima que cerca de 20% das crianças podem apresentar erros de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. Sinais como lacrimejamento constante, dor de cabeça, desalinhamento dos olhos e dificuldade para enxergar à distância merecem atenção imediata.
Cunha recomenda que a primeira consulta ocorra entre seis meses e um ano de idade, ou antes, caso surjam alterações visuais perceptíveis. “É nessa fase que também podem ser identificadas doenças graves como o retinoblastoma, que exige diagnóstico rápido para evitar complicações.”
Telas em excesso: o novo vilão
O uso prolongado de telas é outro fator de risco. A recomendação médica é que crianças até 2 anos não tenham contato com dispositivos eletrônicos; dos 2 aos 5 anos, o tempo deve ser limitado a 1 hora por dia; dos 6 aos 10, até 2 horas; e dos 11 aos 18 anos, no máximo 3 horas diárias.
Entre os adultos, o oftalmologista destaca a regra 20-20-20: a cada 20 minutos de uso de telas, olhar para algo a seis metros de distância por 20 segundos.
“Muitas vezes, a criança não consegue relatar o problema, mas ele aparece no desempenho escolar, no comportamento e até no convívio social. É preciso estar atento”, reforça Cunha.
Garantir acesso a exames, informação e hábitos visuais saudáveis desde a infância é fundamental para conter o avanço da miopia e de outras doenças oculares que já se tornaram um desafio de saúde pública.
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