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Mundo • 18:31h • 03 de novembro de 2025

Demissões sem cuidado abalam o equilíbrio emocional e reduzem a confiança nas empresas

Falta de transparência e empatia nos desligamentos provoca um efeito dominó de ansiedade coletiva, afetando a cultura organizacional e comprometendo o engajamento dos times

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Lara Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Pós demissão: como demissões mal conduzidas geram medo e desmotivação nas equipes
Pós demissão: como demissões mal conduzidas geram medo e desmotivação nas equipes

Com a necessidade de ajustar orçamentos e reduzir custos, muitas empresas enfrentam o desafio de realizar desligamentos. Porém, a forma como esse processo é conduzido impacta diretamente o clima organizacional e a confiança das equipes que permanecem. Segundo especialistas, demissões sem cuidado emocional e sem comunicação adequada podem gerar efeitos duradouros sobre o desempenho, a motivação e a cultura interna das organizações.

A psicóloga e especialista em saúde mental corporativa Jéssica Palin explica que “demissões sem cuidado podem romper a confiança no ambiente, gerar insegurança e provocar uma tensão emocional persistente no time”. A falta de empatia e transparência nos desligamentos, alerta a profissional, pode transformar a empresa em um ambiente de medo e desconfiança, o que repercute negativamente em todas as áreas.

Dados de 2024 reforçam essa preocupação. Os afastamentos por transtornos de saúde mental bateram recorde no Brasil, com mais de 440 mil casos registrados, um aumento de 67% em relação ao ano anterior. Além dos custos diretos com indenizações e reposições, empresas sofrem perdas relacionadas à produtividade, engajamento e aumento do absenteísmo.

Em ambientes onde a comunicação é falha, instala-se o fenômeno conhecido como “ansiedade coletiva”, no qual os colaboradores que ficam passam a temer pelo próprio emprego. “Quem permanece começa a trabalhar sob sombra, teme ser o próximo, observa quem saiu e questiona quem gerencia”, descreve Jéssica Palin.

Cultura organizacional e efeito dominó emocional

A especialista destaca que a cultura organizacional é o primeiro elo a se romper quando há demissões mal conduzidas. Falta de diálogo, ausência de justificativas e decisões bruscas alimentam ressentimento e desconfiança, criando um ciclo de insegurança. “Desligar pessoas é inevitável em muitos momentos, mas isso precisa ser feito com transparência, empatia e clareza. O risco de não fazer isso é transformar a empresa numa máquina de insegurança emocional”, afirma Jéssica.

O impacto pode ir além da produtividade: em muitos casos, colaboradores remanescentes acabam pedindo demissão espontaneamente por não se sentirem seguros ou valorizados. “Quando o time entende que o desligamento foi aleatório ou injusto, ele perde a referência de confiança. Isso desestrutura todo o sistema de cooperação”, complementa.

Estratégias para reduzir o impacto emocional

Para minimizar os danos emocionais, a especialista recomenda que as empresas planejem o processo de desligamento com antecedência e adotem medidas de acolhimento. Entre as práticas indicadas estão:

  • comunicar de forma clara e respeitosa, explicando os motivos e critérios da decisão;
  • oferecer apoio psicológico e mediação de conflitos para quem permanece;
  • capacitar líderes para conduzir conversas sensíveis e identificar sinais de desgaste emocional;
  • garantir canais abertos de diálogo para reduzir rumores e incertezas.

“O RH precisa atuar preventivamente, gerando segurança para os remanescentes. Quem ficou precisa entender o propósito da reorganização e ver que não foi desvalorizado no processo”, reforça Jéssica Palin.

Reconstrução e recuperação da confiança

Após o ciclo de demissões, é essencial que as empresas restaurem a confiança interna. Pesquisas de clima, encontros de alinhamento e iniciativas de escuta ativa são ferramentas que aceleram a recuperação do engajamento coletivo.

Para Jéssica, o desligamento bem conduzido não é apenas um ato formal, mas parte de uma estratégia de saúde emocional corporativa. “Se você deixa uma ferida aberta no time que fica, vai pagar o preço da desmotivação e da perda de produtividade por meses. É mais barato e mais humano cuidar disso desde o começo”, conclui.

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