Responsabilidade Social • 16:48h • 13 de julho de 2025
Cyberstalking: entenda como se proteger de perseguições virtuais
Especialista orienta sobre medidas para evitar crimes online, como perfis falsos e envio de mensagens abusivas, prática que é crime no Brasil
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

O termo cyberstalking combina as palavras inglesas cyber (referente ao universo online) e stalking (perseguição insistente). Trata-se de uma forma de assédio digital caracterizada por atos como criação de perfis falsos, rastreamento de atividades ou localização sem consentimento, excesso de mensagens ou comentários invasivos em redes sociais. No Brasil, a prática foi tipificada como crime em 2021, com a promulgação da Lei nº 14.132, incorporada ao Código Penal.
Um caso recente ilustra o problema: uma biomédica paranaense teve perfis falsos criados com suas fotos e dados em sites de relacionamento, sem autorização. O caso foi noticiado pelo programa Domingo Espetacular, da Record TV. A vítima registrou um boletim de ocorrência, e a investigada, namorada do ex-companheiro da vítima , foi autuada por falsa identidade e crime de perseguição.
Para ajudar quem deseja se prevenir, Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos da plataforma Meu Patrocínio, alerta para a importância de adotar hábitos seguros no ambiente digital. “Fazer boas escolhas na vida para se proteger de pessoas mal intencionadas é sempre importante. Na internet não é diferente. É essencial saber se proteger e não se expor em excesso”, explica.
Ele destaca que as vítimas muitas vezes enfrentam chantagens ou humilhações públicas e, por isso, recomenda cautela. “Fique atento a sinais estranhos, como pedidos de documentos, endereço ou fotos íntimas. Se algo gerar desconfiança, pare a conversa e procure orientação de profissionais ou até das autoridades, se necessário”, orienta.
Confira as cinco principais dicas do especialista para prevenir o cyberstalking:
Cuidado com o que compartilha: Evite divulgar endereço, local de trabalho ou telefone em redes sociais ou aplicativos de relacionamento. Ajuste as configurações de privacidade para restringir o acesso a informações sensíveis apenas a pessoas próximas.
Atenção com o envio de fotos: Não compartilhe imagens íntimas ou privadas por mensagens. Mesmo que hoje pareça seguro, essas fotos podem ser usadas para chantagem ou manipulação no futuro.
Documente conversas suspeitas: Em casos de ameaças ou mensagens abusivas, salve todas as evidências. Elas são importantes para registro de boletins de ocorrência e solicitação de medidas protetivas.
Denuncie perfis falsos: Se notar interações estranhas ou desconfiar da criação de perfis falsos com suas informações, procure a delegacia de crimes cibernéticos para denunciar e adotar as medidas legais cabíveis.
Rompa contato com o perseguidor: Não responda, pois isso pode encorajar ainda mais o stalker. Bloqueie o contato, denuncie o perfil nas plataformas e busque apoio jurídico, psicológico e de pessoas de confiança.
“Na internet, existem muitas pessoas com boas intenções, abertas a relações respeitosas e verdadeiras. Vale a pena conhecê-las. Mas é fundamental se proteger para evitar riscos desnecessários”, conclui Bittencourt.
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