Saúde • 14:20h • 06 de agosto de 2025
Curativo desenvolvido na Unicamp potencializa a cicatrização da pele
Tecnologia desenvolvida na Unicamp é feita com líquido bioativo à base de extratos de romã e alecrim e está vinculada a projeto financiado pela Fapesp
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Arquivo Âncora1

Uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um curativo líquido bioativo à base de polivinilpirrolidona (PVP) com extratos naturais de casca de romã e alecrim.
Aplicado de forma pastosa, o curativo seca rapidamente e forma um filme protetor nas lesões cutâneas, inibindo o crescimento de microrganismos. A formulação incorpora solventes verdes, como água e etanol, e concentrações de compostos fenólicos, conhecidos pela sua ação antimicrobiana e antioxidante.
A tecnologia está vinculada ao projeto de Auxílio à Pesquisa para Jovem Pesquisador “Desenvolvimento de um sistema bidimensional de extração, separação e análise para avaliação da bioatividade de fitoquímicos”, financiado pela FAPESP. A pesquisa é coordenada por Maurício Ariel Rostagno, professor da Unicamp, que desenvolve um sistema para permitir a caracterização da composição química de matérias-primas naturais de forma rápida, eficiente e com monitoramento em tempo real enquanto ocorre a produção de pequenas quantidades de extratos obtidos por meio do fracionamento dos compostos presentes.
Enquanto curativos convencionais enfrentam várias limitações, como baixa capacidade antimicrobiana e de fornecer umidade, a necessidade de trocas frequentes, reduzida biodegradabilidade e maiores riscos de infecção, o curativo criado pelos pesquisadores da Unicamp é de fácil aplicação, resistente à água e reduz o desconforto causado por solventes mais agressivos, além de ter baixo custo de produção.
O curativo líquido também é biocompatível, sustentável e favorece a reutilização de resíduos agroindustriais. Além disso, dispensa medicamentos adicionais com propriedades antimicrobianas, contribuindo para um tratamento mais acessível.
Atualmente, a tecnologia está com patente depositada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
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