Responsabilidade Social • 14:04h • 07 de junho de 2025
Criação de abelhas sem ferrão é regulamentada em SP
Com mais de 2.900 meliponários cadastrados, Semil fortalece meliponicultura em SP; governo estabelece dois criadouros próprios para pesquisa e conservação das abelhas sem ferrão
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Governo de SP

Responsáveis pela polinização e pela manutenção da biodiversidade, as abelhas sem ferrão têm ganhado destaque em São Paulo. O estado já soma 55 mil colmeias autorizadas em quase 3 mil meliponários. Para estimular a atividade, a Secretaria de Meio Ambiente (Semil) simplificou o processo de regularização por meio do sistema online Gefau e desenvolveu uma ração biotecnológica inédita para a espécie mandaçaia.
A regularização agora é automática e exige também cadastro no sistema Gedave, da Secretaria da Agricultura. Quem já possui colmeias tem até julho de 2026 para se cadastrar. A atividade pode ser exercida tanto no campo quanto nas cidades, ajudando na produção de mel, própolis e na polinização de culturas e áreas reflorestadas.
A maioria dos meliponários está na Grande SP, litoral, Campinas e outras regiões do interior. As espécies mais comuns são jataí, mandaçaia, bugia, mirim e mandaguari.
Exemplos como o de Carlos Vulcano, que fez da meliponicultura sua fonte de renda, e de Guilherme Aguirre, biólogo que hoje vive da criação de ASF e da educação ambiental, mostram o potencial do setor.
A Semil também investe em pesquisa e criou dois meliponários próprios, um em Araçoiaba da Serra e outro no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga. A ração criada pelos pesquisadores da DBB e da Unifesp tem composição semelhante ao pólen natural e ajuda na alimentação das colônias em tempos de seca ou áreas degradadas.
Estudo da USP e do Instituto de Pesquisas Ambientais mapeou regiões com déficit de polinizadores em SP, reforçando a importância das abelhas sem ferrão para o equilíbrio ambiental e a agricultura sustentável.
As ASF são nativas do Brasil, vivem em colônias organizadas e não possuem ferrão. São mais de 300 espécies no país, fundamentais para manter ecossistemas e garantir a reprodução de inúmeras plantas.
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