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Saúde • 07:48h • 16 de outubro de 2025

Covid-19 acelera envelhecimento vascular, mesmo em casos leves, mostra estudo

Estudo em 16 países com sobreviventes da doença indica que vírus impulsiona rigidez arterial, sobretudo em mulheres

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Emmanuel Ciolac/FC-Unesp, Bauru

A boa notícia, destaca o pesquisador da Unesp, é que a rigidez arterial tende a diminuir com o tempo, conforme observado entre os participantes do estudo após um ano da infecção.
A boa notícia, destaca o pesquisador da Unesp, é que a rigidez arterial tende a diminuir com o tempo, conforme observado entre os participantes do estudo após um ano da infecção.

Mesmo após a recuperação, a Covid-19 pode deixar sequelas no sistema cardiovascular. O maior estudo populacional já feito com sobreviventes da doença — envolvendo mais de 2 mil pessoas em 16 países, incluindo o Brasil — mostrou que quem foi infectado pelo coronavírus apresenta maior rigidez nas grandes artérias em comparação a quem não teve a infecção.

Segundo a pesquisa, publicada no European Heart Journal, a Covid-19 pode acelerar o envelhecimento vascular, com efeitos mais intensos em mulheres, especialmente naquelas que ainda apresentam sintomas persistentes, independentemente da gravidade da doença.

De acordo com dados da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, até 28 de setembro de 2025 foram registrados 311.849 casos de Covid-19 no Brasil.

O estudo foi conduzido pelo consórcio internacional Cartesian, que reúne 34 centros de pesquisa no mundo, e é o primeiro a analisar os efeitos de longo prazo da doença sobre a rigidez arterial — um marcador importante do envelhecimento vascular e fator de risco para insuficiência cardíaca, infarto e AVC.

“O trabalho mostrou que pessoas que tiveram Covid-19 apresentam maior rigidez das artérias, o que pode comprometer o fluxo sanguíneo para o cérebro e outros órgãos”, explica Emmanuel Ciolac, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru, que participou da pesquisa apoiada pela Fapesp. Ele destaca que esse efeito foi observado mesmo em quem teve quadros leves ou sem hipertensão.

A boa notícia, segundo Ciolac, é que o problema tende a diminuir com o tempo. “Após um ano da infecção, observamos redução na rigidez arterial em muitos participantes. Isso reforça a importância de programas de reabilitação com atividade física, que podem ajudar a reverter esse quadro”, afirma. Em outro estudo, o pesquisador já havia comprovado o papel do exercício físico na melhora da elasticidade das artérias.

Como o estudo foi feito

Os cientistas avaliaram 2.390 pessoas entre 2020 e 2022, com diferentes níveis de gravidade da Covid-19 — desde casos leves até pacientes que precisaram de UTI —, além de um grupo controle sem infecção. Foram incluídos participantes vacinados e não vacinados.

A análise foi feita com um exame não invasivo que mede a velocidade da onda de pulso carótida-femoral, indicador que mostra o grau de rigidez das artérias. “Quanto mais rápida a onda, mais enrijecido o vaso e menor a eficiência do fluxo sanguíneo”, explica Bianca Fernandes, bolsista da Fapesp que integrou a equipe da Unesp.

Com o envelhecimento natural, as artérias tendem a perder elasticidade, mas o estudo mostrou que a Covid-19 acelera esse processo. “Após seis meses da infecção, os participantes apresentaram artérias mais rígidas do que os que não tiveram a doença”, relata Fernandes.

Diferenças entre homens e mulheres

Os resultados mostraram impacto mais acentuado em mulheres, sobretudo entre as que tiveram sintomas prolongados. Nas que precisaram de UTI, o envelhecimento vascular foi ainda maior. Entre os homens, as diferenças foram menores — o que pode estar ligado à maior mortalidade masculina por Covid-19.

Outro achado importante é que pessoas vacinadas apresentaram menor rigidez arterial do que as não vacinadas.

“O estudo reforça a importância de monitorar a saúde cardiovascular mesmo após a recuperação da Covid-19 e de desenvolver estratégias específicas para reverter o envelhecimento precoce das artérias”, conclui Ciolac.

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