Saúde • 16:15h • 16 de junho de 2024
Coqueluche: informações sobre a doença que voltou a preocupar o mundo
Aumento de casos de coqueluche preocupa autoridades de saúde no Brasil e no mundo
Da Redação | Com informações da Agência Brasil | Foto: Tânia Rêgo
Pelo menos 17 países da União Europeia registraram aumento de casos de coqueluche no último ano, com 25.130 ocorrências notificadas entre janeiro e dezembro de 2023.
Entre janeiro e março de 2024, o número saltou para 32.037 casos, principalmente entre menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos. Na China, foram notificados 32.380 casos e 13 óbitos até fevereiro de 2024, e a Bolívia teve 693 casos confirmados de janeiro a agosto de 2023, com oito óbitos.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, com 8.614 casos confirmados. Desde então, os números variaram até uma redução significativa em 2020, associada ao isolamento social da pandemia de Covid-19. Contudo, a doença voltou a preocupar em 2024, com a Secretaria de Saúde de São Paulo notificando 139 casos até o início de junho, um aumento de 768,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O Ministério da Saúde reforça que a principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação. O esquema vacinal primário para crianças menores de 1 ano inclui três doses da vacina penta (aos 2, 4 e 6 meses), seguidas de reforços aos 15 meses e aos 4 anos com a vacina DTP.
Gestantes, puérperas e profissionais de saúde também são grupos prioritários para a vacinação.
Com o aumento dos surtos, o Ministério da Saúde publicou uma nota técnica ampliando a vacinação para trabalhadores da saúde que atuam em ambientes de alto risco, como: UTIs, UCIs, berçários e creches. Profissionais que acompanham gestantes, como doulas, também estão incluídos.
A coqueluche, causada pela bactéria Bordetella pertussis, é uma infecção respiratória que provoca crises de tosse seca e pode levar a complicações graves em bebês menores de 6 meses. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com gotículas de tosse ou espirro de pessoas infectadas.
Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em três estágios: inicial, com sintomas semelhantes aos de um resfriado; intermediário, com piora da tosse; e final, onde a tosse pode comprometer a respiração e causar vômito ou cansaço extremo.
A vacinação é crucial para prevenir a doença e proteger as populações vulneráveis.
Autoridades de saúde pedem que estados e municípios intensifiquem as ações de vigilância epidemiológica e ampliem a cobertura vacinal para conter a disseminação da coqueluche.
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