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Saúde • 17:19h • 19 de julho de 2025

Congelamento emocional: entenda o bloqueio que limita sentimentos e relações

Psicólogo explica como esse mecanismo de defesa surge e interfere na saúde mental, alertando para os riscos de viver anestesiado emocionalmente

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da IBFT | Foto: Divulgação

Congelamento emocional: o bloqueio invisível que limita relações e decisões
Congelamento emocional: o bloqueio invisível que limita relações e decisões

Em meio à correria do dia a dia, muitas pessoas seguem funcionando no automático sem perceber que perderam o acesso pleno às próprias emoções. Esse fenômeno, conhecido como congelamento emocional, vem sendo cada vez mais estudado por psicólogos como uma estratégia inconsciente de defesa psíquica contra dores antigas não processadas.

Segundo o psicólogo Jair Soares dos Santos, fundador do Instituto Brasileiro de Formação de Terapeutas (IBFT) e doutorando em Psicologia pela Universidade de Flores (UFLO), na Argentina, o congelamento emocional não significa ausência de sentimento. “Na verdade, há uma sobreposição de tantas camadas de dor e repressão que as emoções deixam de circular livremente. A pessoa sente, mas não consegue acessar o que sente, vivendo como se estivesse anestesiada”, explica.

Esse bloqueio afetivo costuma se instalar de forma gradual, muitas vezes ainda na infância, em contextos de abandono, negligência, violência emocional ou perdas importantes. “São histórias de pessoas que precisaram se tornar fortes antes da hora. Essa rigidez emocional, que foi proteção no passado, se torna um limite na vida adulta”, afirma Soares.

O congelamento emocional impacta diretamente nas relações interpessoais, nas decisões diárias e até na construção da identidade. Pessoas com esse bloqueio evitam vínculos profundos, têm dificuldade para se posicionar e se veem como espectadoras da própria vida. “A lógica inconsciente é simples: se sentir dói, melhor não sentir. Mas o custo é alto. Não apenas protege da dor, mas também impede o acesso ao prazer, à conexão e à autenticidade”, pontua o psicólogo.

Estudos da Yale University, publicados na revista Nature Human Behaviour, apontam que o sistema límbico — região cerebral responsável pelo processamento emocional — apresenta sinais de inibição crônica em pessoas com traumas não elaborados. A neurociência mostra ainda que memórias emocionais mal resolvidas podem manter o cérebro em estado de alerta ou bloqueio, dificultando o fluxo natural das emoções.

Além dos impactos emocionais, o congelamento também se manifesta no corpo. “São pessoas que chegam ao consultório com queixas como insônia, tensão muscular, apatia ou dores sem causa clínica. São sintomas que gritam o que não foi nomeado”, destaca Soares.

No Brasil, mais de 19 milhões de pessoas convivem com transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), muitos dos quais relacionados a experiências traumáticas. Soares chama atenção para o chamado perfil funcional, muito valorizado socialmente, mas emocionalmente vazio. “São pessoas que fazem tudo, mas não se sentem em nada. E isso adoece.”

Para reverter esse quadro, o psicólogo destaca a importância do processo terapêutico. Em especial, abordagens que buscam as origens emocionais do sofrimento são fundamentais para o chamado “descongelamento” afetivo. A Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG), metodologia criada por Soares, atua no reprocessamento de vivências marcantes, reorganizando a forma como o cérebro responde às memórias.

“Não se trata de ensinar a pessoa a sentir, mas de liberar o que ficou congelado lá atrás. Quando isso acontece, os sentimentos voltam a fluir naturalmente e o corpo responde com mais leveza. É como destravar uma parte interditada”, explica. Segundo ele, o objetivo é processar o trauma de forma que a lembrança permaneça, mas a dor associada perca o sentido. “Isso muda tudo: a forma de se relacionar, de decidir e até de perceber a si mesmo”, completa.

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