Ciência e Tecnologia • 12:06h • 04 de julho de 2025
Comparativo: carro elétrico emite 2,5 vezes mais dióxido de carbono do que veículo movido a biometano
Estudo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética mostra que motores movidos a biometano poluem menos que motores elétricos. Para o Ministério das Minas e Energia, resultado mostra papel estratégico do biocombustível
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Arquivo Âncora1

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia, mostra que o biometano é até 2,5 vezes mais eficiente do que a energia elétrica na redução da emissão de gás carbônico no transporte. O levantamento analisou o impacto ambiental dos principais combustíveis usados no Brasil, considerando todo o ciclo — da produção ao uso final.
O biometano é um combustível renovável, feito a partir da purificação do biogás, que vem de resíduos orgânicos urbanos e agropecuários. Ele pode ser usado em veículos leves e pesados, aproveitando a mesma rede usada hoje pelo gás natural. Segundo o estudo, o biometano pode ser produzido próximo aos locais de consumo, o que facilita seu uso por frotas de empresas e ajuda a levar energia a mais regiões do país.
A nota técnica serve de base para decisões do governo federal no Programa Mover, criado para incentivar combustíveis limpos e a mobilidade de baixo carbono. O biometano se destaca por ter uma emissão de apenas 8,35 gramas de dióxido de carbono por megajoule de energia, segundo dados de 2024. Esse valor é bem abaixo do de outras fontes e deve se manter estável nos próximos anos.
O mercado de biometano no Brasil ainda está crescendo. Até abril de 2025, 12 usinas estavam autorizadas a produzir o combustível, e há expectativa de mais 35 unidades entrarem em operação até 2027, aumentando a capacidade para mais de 2,1 milhões de metros cúbicos por dia.
O estudo também analisou outros combustíveis, como gasolina, diesel, etanol, biodiesel e eletricidade, projetando como suas emissões devem evoluir até 2034. A metodologia usada considera o impacto ambiental desde a origem até o uso no veículo, ajudando a entender quais são as opções mais limpas para o futuro da mobilidade.
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